<b>NAS ALTURAS</b><br> Luiza Poli no histórico Edifício Copan, no centro de São Paulo, em 2012 - Autumn Sonnichsen

Sintonia de Gênero

Vivendo há dez anos no Brasil, a norte-americana AUTUMN SONNICHSEN é destaque no país quando o assunto é retrato feminino

Lucas Brêda Publicado em 18/03/2016, às 21h05 - Atualizado às 21h28

Apesar do português de pronúncia invejável, um leve sotaque entrega que Autumn Sonnichsen não é brasileira de origem. A fotógrafa nascida em Los Angeles, Estados Unidos, mora no país há mais de dez anos (nos últimos cinco, tem se dividido entre São Paulo e Berlim, na

Alemanha). Foi nesse período em que produziu a maior parte de sua principal paixão profissional: retratar outras mulheres.

“Era [para ficar] só seis meses e então eu ia voltar para a Europa”, relembra Autumn, que decidiu permanecer no país após uma oferta de trabalho na extinta publicação Ele & Ela. Foi sua estreia em uma revista voltada ao público masculino. “Sempre fotografei mulheres, desde que comprei minha primeira câmera, no colegial. Foi meio instintivo”, conta. “Mas eu fazia mais moda – fazia nu só como

projeto pessoal. Fui chamada para a Ele & Ela porque não queriam um fotógrafo com um olhar clássico de revista masculina. Aí

comecei a fazer e virou parte da minha rotina. Passei a pesquisar o universo [da fotografia para o público] masculino, o que

para mim foi uma coisa linda.”

Estabelecida como referência no gênero, Autumn assinou trabalhos para revistas como Trip (título em que também mantém uma coluna mensal) e Playboy, para as quais fez ensaios memoráveis. Ela cita a Playboy estampada pela atriz e modelo Nana Gouvêa, “uma mulher 100% entregue, maravilhosa, louca, profissional, linda”. Apaixonada pela beleza feminina, Autumn tem também apreço pelas fantasias, figurinos extravagantes e corpos atléticos do Carnaval. “A coisa de que eu mais gosto é o sambódromo. Adoro essas coisas que têm glitter, que são fortes.”

“Eu amo fotografar mulher”, assume Autumn, que acredita não haver uma abordagem “correta” para dirigir um ensaio nu (“Depende do que ela quer”). “Mulher, no geral, é mais expressiva com o próprio corpo. E eu gosto, é mais intuitivo.”

De Casa

Autumn já colaborou com a RS Brasil

A obra de Autumn Sonnichsen inclui dois ensaios para a Rolling Stone Brasil. Um deles foi um retrato da atriz Laura Neiva para a matéria “Nunca à Deriva”,

publicada na edição 70 (julho de 2012). “A Laura é muito especial”, a fotógrafa define. “Ela tem uma beleza que te dá um tapa na cara. É bailarina, tem uma sabedoria muito específica do corpo e do olhar.”

Autumn também clicou a atriz e comediante Tatá Werneck para o perfil “Mais Estranha do que a Ficção”, publicado dois meses antes, na edição 68 (maio de 2012). Na ocasião, registrou Tatá em diversas posições em volta do sofá da própria casa. “A Tatá é engraçada demais! Ela é linda e não liga tanto para ser ‘a bonita’. Isso é bom. É difícil encontrar uma mulher assim: que é bonita e não quer ser ‘a linda da vez’ sempre. Tatá tem várias ‘elas’

dentro de si.”

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