Terceiro álbum do Selvagens à Procura de Lei explora clima litorâneo em meio à capital
Thiago Neves
Publicado em 11/09/2015, às 15h32 - Atualizado em 13/09/2015, às 12h44Talvez pela saudade de casa, o terceiro álbum do grupo cearense Selvagens à Procura de Lei explora um clima praiano, de quem tem familiaridade com o mar. Diferentemente dos discos anteriores, que vão do indie rock a uma proximidade estética ao que era feito em Brasília nos anos de 1990, Praieiro, que deve ser lançado no início de 2016, é uma imersão na tranquilidade de um cenário litorâneo. Ironicamente, esse mergulho no mar se deu justamente quando os integrantes trocaram a cidade de Fortaleza por São Paulo, onde moram todos na mesma casa. “Isso nos fez conhecer melhor outras realidades, outros estilos de vida e formas de pensar e se expressar. Descobrir o quão grande e variado é o Brasil. Foi no meio de uma cidade global como São Paulo que desenvolvemos esse novo trabalho. O Praieiro é fruto de uma busca por novos horizontes”, conta o baixista, Caio Evangelista.
Gravado na Red Bull Station, na capital paulista, o registro foi produzido por David “Marroquino” Corcos. “Muito da energia do disco foi captada ali. Também pudemos contar com músicos de apoio incríveis, que somaram à sonoridade. É o nosso terceiro álbum e quisemos fazer dele um projeto ousado, que passasse a energia das músicas de uma forma muito positiva”, explica o vocalista e guitarrista Rafael Martins.
“Além disso, as letras estão mais diretas e bem-humoradas”, complementa Gabriel Aragão, também vocalista e guitarrista do grupo. “Elas transmitem qual é o ponto de vista sobre o mundo da música na casa dos Selvagens. Em ‘Sangue Bom’, por exemplo, cantamos: ‘Aqui em Sampa toda cena é de cinema / Entre a impunidade e o manifesto: a vitrine dos esquemas’. É importante para a gente marcar a nossa trajetória nas músicas. Deixa tudo mais sincero, como um livro aberto.”