Há 20 anos, Edi Rock convive com uma tragédia que o fez voltar para a realidade
A. C. Publicado em 07/11/2013, às 18h55 - Atualizado às 18h57
Era madrugada de 14 de outubro de 1994, período em que o Racionais MC’s fazia até seis shows em uma noite, quando Edi Rock bateu o Opala que guiava contra uma Kombi com oito pessoas de uma mesma família. O motorista, Ozias de Oliveira, 21, morreu pouco depois de ter sido socorrido no Hospital das Clínicas; a mulher dele, Regina Vera Nascimento Oliveira, 17, grávida de dois meses, foi hospitalizada sem ferimentos graves. “Aquele acidente foi um puxão de orelha para eu voltar para a realidade”, ele conta. “Estava fora do chão, me achava demais, me achava o cara, que podia tirar a minha onda como quisesse. Era uma época em que era irresponsável. Aí a gente paga por nossos erros. Foi perdida uma vida, e a vida não é uma brincadeira. A vida ensina a experiência, pelo amor ou pela dor. Levei isso por uns dois ou três anos. Continuei vendo a família [da vítima] nas audiências judiciais, me coloquei no lugar deles. Eram pessoas pobres de verdade e eles perderam o chefe da família, que iria ser pai.” Edi Rock foi condenado a indenizar a família da vítima. “Mas a vida de uma pessoa não se resume a um valor”, reflete. “Paguei com o dinheiro que o grupo arrecadava com shows e me emprestava”, conta o rapper, hoje pai de duas filhas universitárias, de 21 e 19 anos. Foi a partir da morte de Ozias que Edi escreveu o rap “A Vítima”, de Nada como Um dia Após o Outro Dia (2002).
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