Bruno Medina investe em projetos paralelos enquanto o Los Hermanos continua em pausa por tempo indefinido
Por Bruna Veloso Publicado em 09/10/2009, às 09h39
A internet, a postura do artista na era digital e a tecnologia na música. Bruno Medina, tecladista do Los Hermanos, já discorre sobre esses assuntos em seu blog Instante Posterior - agora, ele decidiu fazer as vezes de professor e levar a discussão para as salas de aula. Durante o mês de outubro, ele trocará os palcos pelos tablados no curso Novos Paradigmas da Música no Século 21, no Rio de Janeiro. Quem cresceu nos anos 90 e passou pelo boom da internet pode não enxergar motivo para tanto debate. Mas os jovens fãs "hermanos", ele acredita, devem se interessar pelas aulas pelo fato de poderem ligar a trajetória da banda às (incessantemente faladas) mudanças na forma como se consome música. "O Los Hermanos é uma banda que estourou com fita cassete e chegou ao apogeu quando a indústria fonográfica estava indo para o brejo. A gente passou, supostamente, pelo primeiro vazamento de um disco brasileiro na internet [Ventura, de 2003]." O tecladista, apesar de reconhecer a inevitável morte do CD, acha "angustiante" a oferta infinita de música na internet. "No iPod, é difícil você ouvir uma música até o fim. Você ouve 30 segundos - não gostou, passa para a outra. Aquele tempo de depuração, de se envolver, não existe mais."
Medina passou os últimos meses como músico de apoio de Adriana Calcanhotto, na turnê do disco Maré. Com o término da maratona de shows (o último foi no final de agosto), ele pretende se dedicar a outros projetos. Um deles é um reality show ao lado dos músicos e produtores Kassin e Berna Ceppas.
Idealizado no fim de 2007, só agora foi aprovado pela Lei Rouanet. "É um encontro virtual de três artistas que nunca fizeram nada juntos. O desafio é começar do zero e compor uma música em uma semana, à distância. Um 'encontro' que pensei foi o de Caetano [Veloso], Rita Lee e Catatau [Cidadão Instigado]", revela. Se o programa vingar, a ideia é fazer com que as faixas deem origem a um DVD e cheguem às rádios ("É realmente um projeto ambicioso, eu reconheço!"). E não para por aí. Medina, que depois do anúncio da pausa com o Los Hermanos teve uma breve passagem na área de promoções de um canal televisivo, ainda tem outro projeto para as telas, "sem relação com a música, como produtor executivo". Um livro de ficção, ainda em fase de pesquisa, também está nos planos do tecladista para 2010.
Ah, sim. E os companheiros do Los Hermanos? "Falei com o [Rodrigo] Barba semana passada, mas já tem um tempo que não falo com o Marcelo [Camelo] e com o Rodrigo [Amarante]. Tenho um filho de 1 ano e 2 meses. Minha vida social foi para a lama, 10 da noite eu estou morrendo de sono, porque ele acorda às 5h30 da manhã." Para alimentar as esperanças do fervoroso séquito de seguidores dos Hermanos: o grupo está em hiato, "cada um tocando sua vida, mas nada impede que role outro show", a exemplo das apresentações realizadas no Festival Just a Fest, no último mês de março.
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