Jaloo tenta desconstruir questões de gênero com a música - JUNIOR FRANCH/DIVULGAÇÃO

Tudo Fluido

O paraense Jaloo segue um caminho próprio na mistura de imagem, música eletrônica e brega do disco #1

LUCIANA RABASSALLO Publicado em 07/12/2015, às 15h12 - Atualizado em 08/12/2015, às 11h24

Nascido em castanhal, região metropolitana de Belém, Jaloo, de 27 anos, começou a se tornar conhecido ao fazer covers e versões para clássicos como “Baby”, música famosa na voz de Gal Costa, e “I Feel Love”, de Donna Summer. “Produzi algumas coisas no meu quarto e passei a compartilhar esse conteúdo no YouTube. Pouco depois, recebi um convite para ser produtor de funk dentro de um projeto do governo do estado de São Paulo. Foi então que me mudei para a cidade e as coisas foram acontecendo”, explica.

Em 2014, Jaloo assinou com o selo Stereo-Mono, do produtor musical Carlos Eduardo Miranda, e lançou o EP Insight, que foi bem recebido pelo público. “As coisas estão fluindo muito”, comenta, de forma tímida, antes de acrescentar: “Eu me apresentei no Primavera Sound, em Barcelona, e também em grandes festivais no Brasil, como o Bananada, em Goiânia. Eu acho que essa exposição do meu trabalho foi muito positiva”.

No mês de novembro, chegou às lojas o disco de estreia de Jaloo, #1, que tem boasdoses de carimbó, tecnobrega, bass music e funk em bases repletas de sintetizadores. “Sempre trabalhei sozinho, mas foi incrível estar ao lado de nomes como Miranda, que assina a direção musical, e dos músicos Kassin e Adriano Cintra. Os rascunhos de todas as letras já existiam. Nós nos concentramos em finalizar tudo. Eu gravei alguns vocais em um estúdio incrível e outros no meu quarto, embaixo do cobertor. Eu amo esses contrastes”, pontua. O registro marca uma nova fase na história do músico. “Há um conceito em torno de #1, tanto imagético quanto sonoro, que explica quem é o Jaloo. Esse personagem que eu criei não tem uma sexualidade definida. Essa questão está implícita no visual andrógino e também nas letras. A todo momento eu tento desconstruir as questões de gênero. A sensação que eu tenho é de que meu trabalho tem, aos poucos, atingido um público que entende de forma plena a mensagem que ele transmite.”

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