Um Elogio... Antes que Seja Tarde Demais

Por Miguel Sokol Publicado em 10/11/2008, às 12h13

Se fosse o cazuza falando, diria para eu não lhe apontar a minha "metralhadora cheia de mágoas". Se fosse o Frank Zappa (ou o Ed Motta), o recado seria que "jornalista musical é um sujeito que não sabe escrever, entrevistando quem não sabe falar para quem não sabe ler". Mas o meu Bubba não tem essa poesia toda, então disse que eu era incapaz de elogiar, e que eu estava me transformando num desses chatos de gravata cor-de-rosa.

Mas o que foi que eu fiz? Assumo: já declarei que o Frejat é tão provocador quanto o meu dentista, já atestei que Seu Jorge é tão verdadeiro quanto fotografia de hambúrguer em propaganda de lanchonete e afirmei que DJ é tão músico quanto a minha vitrola... Até as mulheres frutas eu já descasquei aqui! Eu só desdenhei. Será que não existe nada elogiável neste país, fora as praias, a caipirinha e a bossa nova? Não. E olha que eu chutei essa última também. Cachorro morto não dá. Bubba está certo (à exceção da gravata): eu não consigo elogiar, sou um chato. Quem poderá me salvar?

Você lê esta matéria na íntegra na edição 26, novembro/2008

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