Um Gênio Destemido

Conheça Guy Norris, o dublê que coordenou e participou das cenas de ação de Mad Max: Estrada da Fúria

Mark Yarm | Tradução: Lígia Fonseca

Publicado em 16/06/2015, às 10h40 - Atualizado em 28/02/2016, às 14h31
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<b>ADRENALINA</b><br> Tom Hardy em uma das sequências explosivas do filme. - Warner Bros

Era realmente como ir para a guerra”, diz Guy Norris sobre as cenas de batalha (enormes e detalhadamente orquestradas) no deserto da Namíbia em Mad Max: Estrada da Fúria. O filme de ação mais espetacular do ano estreou em 14 de maio, no Brasil, e tirou (finalmente) Vingadores: Era de Ultron do primeiro lugar das bilheterias. Como coordenador responsável pelos dublês do filme, Norris gerenciou um pequeno exército deles – até 150 por vez – durante mais de 300 sequências, que ficam ainda mais impressionantes se pensarmos que o uso de computação gráfica foi relativamente mínimo. “Queríamos que fosse real: veículos reais, locações reais, movimento real e dublês reais”, conta.

Depois de começar como artista de shows itinerantes de acrobacias na Austrália, onde nasceu, Norris trabalhou com o criador da franquia Mad Max, George Miller, como dublê em Mad Max 2: A Caçada Continua, de 1981. Durante as filmagens, fraturou o fêmur, mas voltou ao set em poucos dias. Posteriormente, se reuniu a Miller em filmes mais tranquilos do cineasta: Happy Feet 2 e Babe: O Porquinho Atrapalhado na Cidade.

Aos 55 anos, Norris também coordena as cenas de ação de Esquadrão Suicida, que sai ano que vem, mas, depois de ter feito ele mesmo duas cenas perigosas e cruciais de Estrada da Fúria, acha que deixará para trás seus dias de desafiar a morte. “Colidi um veículo de 12 toneladas na Máquina de Guerra [veículo emblemático que aparece em Estrada da Fúria]”, conta. “Já saltei de prédios de 150 metros de altura. Destruí carros. Já tacaram fogo em mim, mas esta cena deu tão certo que pensei: ‘Não sei o que mais posso fazer’. Queria sair de cena com essa sensação.”

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