Paulinho na estreia da turnê, no Rio. - Divulgação

Um Mestre no Palco

Em cena, músico saúda Zé Kéti entre sambas e choros

Mauro Ferreira Publicado em 19/11/2014, às 16h55 - Atualizado às 16h58

Desde setembro fazendo a turnê comemorativa dos 50 anos de carreira, Paulinho da Viola tem cantado um samba pouco ouvido do compositor José Flores de Jesus, conhecido como Zé Kéti. Entoar “Jaqueira da Portela” é a forma do artista agradecer o incentivo seminal do amigo. “Zé Kéti foi um dos que mais me deram força no começo. Ele levava a gente para a roda”, lembra Paulinho. Nessa turma de iniciantes, havia também Elton Medeiros, parceiro dele em sambas como “Recomeçar”, também revivido pelo artista no roteiro retrospectivo, que ele faz sem ordem cronológica. Sob a regência do pianista e maestro Cristóvão Bastos, o cantor ainda dá voz a “Rosa de Ouro”, tema do espetáculo de 1965, composta ao lado de Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho, outro incentivador dos tempos de indecisão juvenil. Paulinho e Medeiros eram músicos no espetáculo estrelado por Aracy Cortes e Clementina de Jesus. Momento luminoso do

show, o arranjo renovador de “Sinal Fechado”, levado na flauta de Mário Sève, mostra que a obra de Paulinho se mantém em movimento sem sair de seu lugar consagrado.

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