Em imagens, as belezas e contradições de um país que se agiganta no panorama mundial e aos poucos desvenda mistérios ancestrais
Paulo Cavalcanti
Publicado em 13/08/2013, às 12h30 - Atualizado às 12h30Por muitas centenas de anos, a China foi considerada uma das nações mais fechadas do planeta. Mas, nas últimas décadas, o quadro mudou radicalmente: ao mesmo tempo em que o país se abre
economicamente, o Ocidente se torna cada vez mais fascinado por tudo o que surge dessa terra milenar. Lançado originalmente em 2011 pelos fotógrafos brasileiros Mauricio Nahas, Paulo Mancini e Ricardo Barcellos, o livro China serve como uma janela extraordinária para a imersão e o conhecimento. A obra faz parte do projeto Trilogia Vermelha, que também inclui registros capturados em Cuba e na Rússia e já rendeu exposições na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
“Eu, o Paulo e o Ricardo queríamos retratar três países que em momentos diferentes viveram ou ainda vivem o sistema comunista”, explica Nahas. “Nosso maior desafio foi a dimensão continental. Cada um de nós foi a uma parte da China para justamente retratar esses contrastes. Eu fui ao sudoeste e pude ter contato com várias minorias étnicas presentes nessa região.”
Responsável por diversas capas icônicas da Rolling Stone Brasil nos últimos anos (Grazi Massafera, Fausto Silva, Deborah Secco, Carolina Dieckmann, Claudia Raia e o especial “Comédia”), Nahas ressalta o impacto que a visita à China teve em seu olhar fotográfico. “Me impressiona um país com mais de 1 bilhão de habitantes ter uma infraestrutura tão avançada”, diz. “Essa mistura de prosperidade econômica com o sistema comunista parece ter dado certo, ao menos nesse ponto. Ao mesmo tempo, você ainda percebe que existe uma grande desigualdade social.”