Documentário de Grant Gee reconta a história do Joy Division; leia entrevista com o diretor
Por Márcio Cruz Publicado em 26/03/2008, às 15h28
O cineasta Grant Gee ganhou notoriedade pela direção de Meeting People Is Easy (1998), quando acompanhou o Radiohead durante a turnê de OK Computer (1997). Convidado para dirigir este documentário sobre o Joy Division, ele teve o desafio de remexer no baú do grupo e contar, do seu jeito, a mesma história que acabara de ser visitada por Control (2007), de Anton Corbjin. E conseguiu. Durante 93 minutos, o rosto de Ian Curtis - imortalizado pela performance de Sam Riley em Control - é devolvido a seu dono, arrependimentos dos ex-companheiros de banda (Bernard Summers, Peter Hook e Stephen Morris) vêm à tona e sua música retorna ao centro do mundo pop. Ainda que não seja verdade que o New Order tenha ficado 18 anos sem tocar canções do Joy Division, como diz ao final ("Love Will Tear Us Apart" já fazia parte do repertório do New Order em 1984), as escolhas da edição e o acesso às imagens da banda justificam as horas na fila do cinema. Grant Gee explica o processo de criação desse rock-documentário a seguir.
Você era fã do Joy Division?
Sim. Quando o Joy Division surgiu, eu tinha 15 anos e costumava ouvir o programa de John Peel na BBC. Foi por meio desse programa que fiquei sabendo que Ian (Curtis) tinha morrido e toda aquela história. No filme, aqueles discos sendo tocados são todos meus.
Quais foram os pontos altos que você encontrou na figura de Ian Curtis?
Quando comecei a ler suas letras, me impressionou que parte do rockstar acendeu nele um grande escritor. De repente, em 1979, ele estava compondo as mais belas letras da história do rock.
Sua juventude em Plymouth era parecida com aquela em que eles tinham em Manchester?
Na Inglaterra, se você não é um jovem em Londres, sempre tem a tendência de se sentir culturalmente isolado.
Você recebeu algum retorno dos membros do New Order?
Peter Hook ficou muito feliz. Ele é o que mais curte a popularidade que o New Order tem hoje em dia. Os outros são muito cuidadosos em viver do passado. Não tive nenhuma resposta de Bernard (Summers) - ele é o menos satisfeito em falar ou se envolver e é o mais focado na criação de músicas novas - acho até que ele tem um disco inédito para ser lançado no ano que vem.
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