Três biografias femininas prometem fazer tremer as prateleiras
Miguel Sokol Publicado em 11/02/2015, às 13h08 - Atualizado em 19/06/2015, às 11h00
Carros antigos, mp3, energia sustentável e até ferrorama: Neil Young escreveu sobre tudo na autobiografia dele, menos sobre música. Nada mais Neil Young, imprevisível e impulsivo.
Morrissey exigiu que seu livro de memórias saísse pela Penguin Classics, editora conhecida até então por lançar exclusivamente clássicos absolutos da literatura mundial. Nada mais Morrissey, vaidoso e exigente.
Todo mundo já viveu situações que preferiria manter em segredo. Ozzy Osbourne passou por muitas delas – e contou todas na autobiografia dele. Nada mais Ozzy, inconsequente e divertido.
Keith Richards poderia ter escrito sua Vida em tábuas de pedra no Monte Sinai, de tão egocêntricas que são as memórias dele. Mas, enfim, nada é mais Keith Richards do que desclassificar Mick Jagger e pedir desculpas posteriormente.
Neil Young, Morrissey, Ozzy Osbourne, Keith Richards e tantos outros que vieram antes e depois... até parecia que autobiografia roqueira era exclusividade masculina, mas Patti Smith entrou para o grupo quando lançou a premiada Só Garotos e quebrou o paradigma. A mesma Patti que já tinha chutado a porta para consolidar a entrada de mulheres no rock com o disco de estreia dela, Horses (1975), abriu a porteira das autobiografias e, você sabe, por onde passa um boi, passa uma boiada.
No ano passado, Clothes, Clothes, Clothes. Music, Music, Music. Boys, Boys, Boys, o livro de memórias de Viv Albertine, ex-guitarrista das caóticas The Slits, foi considerado pela crítica inglesa a melhor autobiografia de 2014, o que transforma em vergonha seu não lançamento no Brasil.
Para este ano já estão anunciadas três autobiografias femininas e roqueiras. Girl in a Band, de Kim Gordon, ex-Sonic Youth, promete revelar um Thurston Moore bem menos cool do que os fãs imaginam. Mágoa pelo fim do casamento e da banda ou verdade? Decidiremos lendo.
A segunda é de Carrie Brownstein, que, verdade seja dita, ficou mais famosa pela série Portlandia, que cocriou e protagoniza, do que pelo Sleater-Kinney, uma das bandas punk mais importantes dos anos 1990.
E finalmente temos a segunda incursão autobiográfica da pioneira Patti Smith. Se Só Garotos focava na relação dela com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, a segunda, M Train, será tudo o que a primeira não foi – musical. Oba! Que venham as guitarras!
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