Álbum conta com participações de Criolo, Tulipa Ruiz, Sabotage, entre outros
Luciana Rabassallo Publicado em 15/10/2015, às 17h10 - Atualizado às 17h54
Por Luciana Rabassallo
O segundo disco de estúdio do Instituto, Violar, chega com exclusividade à plataforma de streaming Spotify nesta sexta-feira, 16. Após um (interminável) hiato de 13 anos, o coletivo, agora formado por Rica Amabis e Tejo Damasceno, divulga com exclusividade através do blog Cultura de Rua, a “vídeo-capa” que ilustra o formato virtual do sucessor de Coleção Nacional (2002).
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A obra é resultado de uma parceria entre o Instituto e o multifacetado artista Alexandre Orion. O vídeo, do qual foram retirados os frames que ilustram a versão física do disco em vinil, foi gravado durante uma intervenção de Orion nas ruas da cidade de São Paulo. “É uma ação sobre violação e arte. Estávamos instalando um luminoso neon em com as letras em formato de pichação. O resultado? Uma interferência policial”, explica o artista.
O disco Violar, que, inclusive, foi batizado em homenagem a intervenção urbana de Orion, carrega outras duas referências ao trabalho do artista urbano. A primeira é a canção instrumental “Ossário”, que ilustra o vídeo de mesmo nome lançado em 2006. O projeto, considerado um dos pioneiros do grafite inverso, técnica em que o artista utiliza apenas um pano para remover a fuligem impregnada nas paredes e criar diferentes imagens, revolucionou a arte de rua.
A obra é resultado da poluição produzida na megalópole. Durante 17 madrugadas consecutivas, Orion “pintou” caveiras nas paredes do Túnel Max Feffer, em São Paulo. “A passagem tinha sido inaugurada havia três meses e as chapas de ferro que a revestiam eram amarelas. Algum tempo depois, ficaram escuras e aquilo instigou minha curiosidade”, conta Orion.
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A também instrumental “Polugravura”, por sua vez, é a faixa que abre Violar. A canção também foi usada como trilha sonora para o vídeo da obra Pulugrafia, de 2009, na qual Orion desenvolveu um mecanismo para “imprimir” telas diretamente de escapamentos dos caminhões que rodam a cidade de São Paulo.
O disco ainda conta com as participações de Tulipa Ruiz, Criolo, Tony Allen, Lanny Gordin, Karol Conka, Curumin, Kiko Dinucci, Thiago França, Daniel Ganjaman, BNegão, entre muitos outros. Um dos grandes destaques, contudo, é “Alto Zé do Pinho”, canção póstuma do rapper Sabotage na qual ele faz uma homenagem a outro grande ícone da música nacional que nos deixou de forma trágica: Chico Science. A música, que poderia ser um grande "clichê póstumo", mas tem tudo para se tornar um clássico, ainda conta com a participação de Sombra, Nação Zumbi e Otto.
No próximo dia 23 de outubro, o Violar estará disponível para download no site do Selo Instituto.
Veja a tracklist do registro:
“Polugravura” (com Tejo Damasceno, Pupillo, Dengue e Thiago França)
“Vai Ser Assim” (com Rica Amabis, Criolo, Junior Areia, Tony Allen, Lanny Gordin, Axé, Gustavo Da Lua, Thiago França e Fred Zero Quatro)
“Alto Zé do Pinho” (com Sabotage, Nação Zumbi, Otto, Sombra, Rica Amabis e Tejo Damasceno)
“Mais Carne” (com Tulipa Ruiz, Karol Conká, Rica Amabis, Tejo Damasceno, Alexandre Basa e Mike Relm)
“Na Surdina” (com Jorge du Peixe, Rica Amabis , Luca Raele, Dengue e Rob Mazurek)
“Bossa Chineva” (com Rica Amabis, Dengue e M.Takara)
“Pacto com o Mato” (com Curumin, Rica Amabis, Marcelo Cabral, Gui Amabis e Mike Relm)
“Tudo Que Se Move” (com Tulipa Ruiz, Rica Amabis, Lúcio Maia , Dengue e Gui Amabis)
“Seco" (com Tejo Damasceno, Rica Amabis, Lyrics Born, Joyo Velarde, BNegão, Thiago França e Klaus Sena)
“Ossário” (com Rica Amabis, Marcos Gerez, Tejo Damasceno, Fernando Catatau e Luca Raele)
“Isso é Sangue” (com Tejo Damasceno, Daniel Ganjaman, Rica Amabis, Kiko Dinucci e Jorge du Peixe)
“Irôco” (com Rica Amabis, Klaus Sena, Guilherme Held, Kiko Dinucci, Thiago França e Juçara Marçal)
“Baía” (com Tejo Damasceno, Thiago França, Tony Allen e Maurício Alves)
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