Terceiro álbum da banda gaúcha tem lançamento marcado para a próxima sexta, 4, nas plataformas de streaming
Lucas Brêda Publicado em 28/07/2017, às 14h35 - Atualizado às 19h12
PorLucas Brêda
O primeiro gostinho do aguardado terceiro disco do Apanhador Só, chamado Meio que tudo é um é um single que junta duas faixas: “Sol da Dúvida / Sopro”. A banda gaúcha, aclamada após o lançamento do álbum Antes que Tu Conte Outra (2013), retorna explorando texturas, ruídos e uma estética lo-fi nas novas faixas, que são basicamente “acústicas”, guiadas por um violão.
“O sol da dúvida me abrasa/ Eu tento fazer dele a minha casa”, canta o vocalista, Alexandre Kumpinski, na primeira música, enquanto barulhos de pássaros, insetos, trovões e outras texturas se emendam ao fundo. Vozes ultra-agudas e processadas, batidas desorientadas e um caleidoscópio sonoro: tudo complementa a canção-base, uma melancólica e incerta balada conduzida por Kumpinski ao violão.
“Sopro”, emendada em “Sol da Dúvida” – elas são a primeira e a segunda faixa de Meio que tudo é um –, é uma composição de Fernão e dá sequência à estrutura da anterior. A segunda faixa, contudo, ganha em ritmo – mesmo que ainda torto – e intensidade, elevando paranoicamente a tensão da antecessora e chegando ao fim com um questionamento pertinente: “Será?”.
“Achamos que 'Sol da Dúvida' e 'Sopro' são faixas que representam bem o trabalho”, explica Kumpinski, citando a “estética da colagem que permeia” o LP e as letras que “abarcam bastante do discurso proposto” no álbum. “Ao mesmo tempo, o disco como um todo abre ângulos para além dessas duas faixas. A ideia é o single instigar, mas não definir o álbum.”
Ouça o single “Sol da Dúvida / Sopro” abaixo.
Terceiro disco de estúdio do Apanhador Só, Meio que tudo é um conclui o ciclo de Na Sala de Estar, turnê “faça-você-mesmo” com shows nas casas das pessoas, financiada pelo mesmo crowdfunding que gerou o novo álbum. O trio – completado por Felipe Zancanaro – produziu todo o LP em parceria com Diego Poloni. Participam do trabalho Perotá Chingó e os compositores Luiz Gabriel Lopes e Thiago Ramil.
Meio que tudo é um foi gravado num casarão antigo, em meio a torres eólicas, no interior do Rio Grande do Sul. “Diferentemente do disco anterior, tem menos guitarras e mais percussões e eletrônicos”, adianta Zancanaro. “A gente nunca tinha tocado boa parte das músicas juntos antes [dos ensaios para os primeiros shows]: fomos gravando em camadas, adicionando colagens, misturando arranjos e agora estamos aprendendo a fazer isso tudo ao vivo.”
O Apanhador Só já tem algumas datas de shows para lançamento de Meio que tudo é um marcadas: 16 e 17 de agosto na Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro; 19 e 20 de agosto no Theatro São Pedro, Porto Alegre; 25 de agosto no Teatro Paulo Autran/Sesc Pinheiros, São Paulo; e 16 de setembro no Teatro Bradesco, Belo Horizonte.
Capa e tracklist de Meio que tudo é um
1 - “Sol da dúvida” (Alexandre Kumpinski)
2 - “Sopro” (Fernão)
3 - “Teia” (Alexandre Kumpinski / Fernão / Henrique Schaefer / Diego Poloni / Luiz Gabriel Lopes / Nica Fochessatto / Jonas Lunardon)
4 - “RJ banco imobiliário” (Alexandre Kumpinski / Lúcia Tietboehl / Danichi Mizoguchi)
5 - “O creme e o crime” (Alexandre Kumpinski / Léo Tietboehl / Lúcia Tietboehl)
6 - “Viralatice dos prédios” (Alexandre Kumpinski / Henrique Schaefer / Lorenzo Flach)
7 - “Bastas” (Alexandre Kumpinski)
8 - “Paso hacia atrás” (Lola Membrillo / Alexandre Kumpinski)
9 - “Isabel chove” (Felipe Zancanaro)
10 - “Pelos olhos do mundo” (Alexandre Kumpinski / Henrique Schaefer)
11 - “Conforto” (Alexandre Kumpinski / Henrique Schaefer)
12 - “Metropolitano” (Felipe Zancanaro / Thiago Sebben / Marcelo Mendes / Alexandre Kumpinski / Diego Poloni / Fernão)
13 - “Bandeira” (Alexandre Kumpinski / Henrique Schaefer / Fernão)
14 - “Linda, louca, livre” (Alexandre Kumpinski)
15 - “O corpo vai acabar” (Thiago Ramil / Alexandre Kumpinski / Ian Ramil)
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