Banda carioca lança o vídeo de “Amigos e Fantasmas”,
Pedro Antunes Publicado em 14/08/2014, às 14h58 - Atualizado às 17h17
Por Pedro Antunes
Arnaldo Baptista, enquanto temia virar bolor na primeira faixa da estreia solo dele, Lóki?, lançado há 40 anos, afirmava que “não gostava do pessoal da Nasa”, citando a agência norte-americana de pesquisa e exploração espacial. O verso de “Será Que Eu Vou Virar Bolor?”, em uma conversa entre amigos, acabou se tornando o nome da banda. Assim, assumindo o ódio destilado pelo ex-Os Mutantes, Dado Oliveira (voz), Bruno Castro (bateria), César Pintoni (guitarra), Guilherme Carrera (guitarra) e Guilherme Cavalcanti (baixo) decidiram passar a ser chamados de Pessoal da Nasa, uma das novas bandas mais estimulantes vindas do Rio de Janeiro.
Como o primeiro clipe, eles estão mais do que bem acompanhados. “Amigos e Fantasmas”, faixa que abre o EP de estreia do grupo carioca, “ressuscita” grandes nomes da música nacional e internacional, de Tim Maia a John Lennon, passando outros nomes inusitados como Michael Jackson e Cazuza. Ao todo, são 12 fantasmas que assombram o Pessoal da Nasa em uma casinha que encontrada por eles sem querer. “Todos!”, diz Castro ao Sobe o Som sobre com qual fantasma gostaria de encontrar de verdade. “Mas uma noite com Tim Maia renderia gargalhadas até a morte.”
Assista ao clipe de “Amigos e Fantasmas”:
“Amigos e Fantasmas” tem ainda uma peculiaridade, já que o refrão “Vaca, manacá, nuvem, saudade, cana, café, capim” é de “Nu Com a Minha Música”, uma música de Caetano Veloso. “Ela já tinha tudo, menos refrão”, explica o baterista da banda. A ideia de colocar o verso de Caê como refrão foi do vocalista do grupo. “A intenção era fazer graça, mas o Tomás [Magno, produtor do Pessoal], acabou gostando.” “Foi a música mais querida entre a banda, produtor e amigos”, conta Oliveira sobre a escolha pela faixa.
A banda tem apenas um EP, que leva o nome deles, e o disco está em vias de chegar. “Vamos fazer alguns retiros para deixar as músicas bem lapidadas”, explica o baterista. “Música não falta, o Dado é um compositor compulsivo”, continua. O álbum será gravado ainda em 2014. “Os planos são é pegar estrada para tocar nos fins de semana e trabalhar arranjos em dia de feira”, conta Castro.
Ouça o EP Pessoal da Nasa:
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