Ouça “Prece Atendida”, que precede o próximo álbum do cantor, Trovões a Me Atingir
Lucas Brêda Publicado em 20/01/2015, às 12h09 - Atualizado em 27/01/2015, às 17h43
“Acho que todo mundo já se apaixonou ou está fadado a se apaixonar um dia”, diz Jair Naves, revelando o tema recorrente de Trovões a Me Atingir, próximo disco dele: “a paixão e os efeitos dela”. E para apresentar os caminhos do segundo trabalho, o músico revela – com exclusividade no Sobe o Som – a capa e o primeiro single, “Prece Atendida”, do novo álbum.
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“Escolhi [a música] porque acho que ela aborda o assunto do resto do disco”, conta Naves. “Como [a paixão] é uma coisa que pode tanto acabar com a vida de uma pessoa quanto levá-la às alturas. É incrível como muito foi escrito sobre isso, e como os efeitos podem ser diferentes”. “É um dos poucos sentimentos que é verdadeiramente universal.”
Veja a capa de Trovões a Me Atingir
À primeira audição, “Prece Atendida” traz boa parte dos elementos que guiaram E Você Se Sente numa Cela Escura, Planejando a Sua Fuga, Cavando o Chão Com as Próprias Unhas, álbum de estreia de Naves. Ao longo dos mais de cinco minutos, contudo, novos aspectos surgem, desde a ausência de guitarra e percussão até a presença de backing vocals (por Bárbara Eugênia e Camila Zamith, em participação especial).
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“Apesar de ter os atributos das minhas outras composições, acho que ela tem uma roupagem diferente das coisas que fiz até agora”, explica o músico. “Acho que é menos agressiva, mais reflexiva – e é um lado que eu queria mostrar para as pessoas”. Mesmo sem a contundência de faixas como “Vida Com V Maiúsculo, Vida Com V Minúsculo” e “Pronto para Morrer”, “Prece Atendida” não perde em profundidade, qualidade quase inerente à voz excêntrica e sentimental de Jair Naves.
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“Tem algumas características que são difíceis de mudar, mas, ainda assim, vejo diferenças bem grandes entre os discos”, adianta Naves. “O primeiro álbum era muito mais direto. Neste disco, eu e minha banda quisemos diferenciar o máximo possível do anterior. Então tem muito mais elementos, convidados – uma música que eu mal canto –, arranjos mais detalhados.”
Trovões a Me Atingir – que foi viabilizado por meio de um financiamento coletivo – será lançado no próximo dia 3 de fevereiro, uma terça-feira. Para Naves, o fato de ter feito o álbum com a ajuda dos fãs, com certeza, foi algo que o influenciou na hora da gravação. “Eu me senti, sem dúvidas, com uma responsabilidade maior.”
“É uma situação completamente absurda, mas, se o Lou Reed tivesse feito uma campanha na época do Metal Machine Music, e eu tivesse ajudado, imagine como eu me sentiria completamente lesado, e o quanto eu ficaria feliz, porque ele estaria sendo ele mesmo, fazendo o que queria”, teoriza ele, brincando em seguida: “Mas, sinceramente, acho que meu disco não é exatamente o Metal Machine Music [risos].”
Enquanto Trovões a Me Atingir não é divulgado, vale a pena ouvir o primeiro trabalho de Jair Naves, E Você Se Sente numa Cela Escura, Planejando a Sua Fuga, Cavando o Chão Com as Próprias Unhas, na página dele no SoundCloud.
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