Evento aconteceu entre os dias 11 e 17 de maio em Goiânia
Luciana Rabassallo, de Goiânia Publicado em 19/05/2015, às 16h34 - Atualizado em 27/05/2015, às 17h03
Por Luciana Rabassallo, de Goiânia
"O Brasil é um dos lugares mais legais pelo qual já passamos", afirma o guitarrista e vocalista Kyle Thomas, também conhecido pelo pseudônimo de King Tuff. O trio, formado por Magic Jake (baixo) e Garrett Goddard (bateria), foi uma das atrações internacionais do Festival Bananada 2015, que aconteceu entre o dias 11 e 17 de maio em Goiânia.
Durante a primeira passagem pelo Brasil, o King Tuff se apresentou em São Paulo, no dia 14, no palco do Beco 203, e, em seguida, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde ocorreu a 17ª edição do maior festival de música alternativa no centro-oeste. O site da Rolling Stone Brasil conversou com Thomas enquanto ele gravava na pele uma lembrança definitiva do país.
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Assim que o show do King Tuff acabou, o guitarrista se dirigiu até um grande estúdio de tatuagem montado dentro do evento. A ação faz parte do projeto The Flash Weekend Tattoo, apenas uma das muitas atividades culturais integradas do festival, que contou com a participação de 18 tatuadores de Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo.
O músico norte-americano escolheu um desenho da tatuadora local Isabela Verri. A arte é simples: um coelho saindo pulando de uma cartola. Segundo Kyle, a decisão de tatuar aquela imagem na pele tem duas motivações: "O coelho é o meu animal favorito", conta. "O outro motivo é o fato de eu querer me lembrar de cada momento em que passamos aqui. Foi tudo muito mágico, assim como esse coelho", completa.
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O King Tuff faz parte do selo Sub Pop, de Seattle, responsável por mostrar ao mundo bandas como o Nirvana, The Jesus and Mary Chain e o Soundgarden. O trio veio ao Brasil acompanhado de J. Mascis, o líder do seminal Dinosaur Jr., artista que também faz parte da gravadora e se apresentou no mesmo palco que a banda.
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Criado em 2006, no estado de Vermont, o King Tuff lançou três álbuns de estúdio: Was Dead (2008), King Tuff (2012) e Black Moon Spell (2014). "Nós gostamos é de nos divertir. Amamos o nosso trabalho. Estar aqui para mim não é uma obrigação. Faço tudo isso com imenso prazer", afirma o músico.
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Algumas das canções mais conhecida do trio estão "Eyes of The Muse", "Bad Thing" e "Black Moon Spell", que dá nome ao último registro de estúdio e está na programação de algumas rádios especializadas no Brasil. "Eu não quero ser popular. Não quero ser reconhecido na rua. Todas essas coisas não me importam. Eu gosto mesmo é do palco. Gosto de ver que as pessoas estão se divertindo com o som que estamos fazendo", explica.
Entre uma careta exagerada de dor e o olhar curioso dos fãs que acompanhavam a tatuagem pelo vidro transparente do estúdio, Thomas falou sobre as bandas nacionais que mais gostou de conhecer durante o Bananada 2015: "Não conseguimos ver o show do Waters Rats, mas conhecemos os caras nos bastidores e conversamos muito. Quando eu cheguei no hotel, ouvi o disco deles e adorei".
"Vamos voltar em breve para fazer uma turnê com o Waters Rats", disse Thomas, antes de acrescentar: "Na verdade, gostaríamos de não ir embora amanhã. Queríamos ficar por aqui. Estamos apaixonados pelo Brasil". Enquanto analisava o resultado da tatuagem que acabara de fazer, o músico ainda afirmou: "Esse coelho está com cara de bravo. Ficou perfeito. Toda vez em que olhar para ele, vou me lembrar do bom tempos que vivemos por aqui".
Sobre a The Flash Weekend Tattoo
Rock and Roll e tatuagem são duas culturas que se completam. Pensando nisso, a curadoria do Festival Bananada organizou o The Flash Weekend Tattoo durante os três dias em que o evento ocupou o Centro Cultural Oscar Niemeyer. Um estúdio, totalmente transferente, foi montado no meio do evento. Em um painel, havia as artes disponíveis para tatuagens e seus respectivos preços.
Bastava ao interessado escolher qual seria a arte corporal que estava interessado em fazer, realizar o pagamento e entrar em uma "sessão de agulhadas". O evento contou apenas com duas regras: proibido marcar horários e cada arte só poderia ser transferida para a pele uma única vez. O resultado? Sucesso absoluto. Em três dias, passaram pelo local 18 tatuadores de Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo, que tatuaram 95 pessoas somando 100 tatuagens (alguns fizeram duas).
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