Entrevista gravada em 1994, dois anos antes da morte do rapper e ator, foi escolhida para ser transformada em animação
Rolling Stone EUA Publicado em 04/12/2013, às 09h34 - Atualizado às 13h25
Em 1994, Benjamin Svetkey, repórter da Entertainment Weekly, questionou Tupac Shakur: onde ele estaria em 10 anos?
Galeria - As dez maiores brigas da história do rap.
“No melhor cenário: em um cemitério. Não enterrado no cemitério. Transformado em cinzas e fumados pelos meus amigos. É O pior cenário”, ele corrige, depois. “Eu quis dizer o pior caso. Esse era o pior. Esse era o pior.’
Esta entrevista apareceu graças ao projeto Blank on Blank, uma web série da PBS que anima trechos de entrevistas. Nesta edição, o icônico rapper reflete sobre a vida, morte e sucesso, no papo realizado em março de 1994. Naquela época, Shakir já era um músico e ator bem-sucedido, conseguindo atenção dos críticos enquanto era o centro de uma rixa entre os movimentos de hip-hop das costas Leste e Oeste dos Estados Unidos;
“Se eu fosse branco, eu seria como John Wayne”, disse o rapper. “Alguém que cresceu através do próprio esforço. Da pobreza. Da prosperidade. Agora, eu estou beijando a Janet Jackson. Eu estou fazendo cinema. Eu me sinto como um herói trágico de uma peça de Shakespeare, entende o que estou dizendo?”
Com quase cinco minutos, a animação é cheia destas frases que mostram como era Shakur. Ele ainda discute sobre como ganhou o respeito do governo e a definição dele do que é ser um bandido. Os momentos mais incríveis, contudo, são aqueles de vulnerabilidade, que hoje soam ainda mais profundos.
“Eu não tenho hora para descansar”, insiste Shakur. “Eu nunca durmo. Eu nunca fecho meus olhos.”
Assista ao vídeo abaixo:
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