Com história cativantes, os filmes da Disney são repletos de ensinamentos; confira oito lições das animações
Beatriz Bim (sob supervisão Yolanda Reis) Publicado em 03/10/2021, às 13h00
De um rato apaixonado por cozinhar a brinquedos com vida, os filmes da Disney Pixar são famosos por conquistar corações de crianças - e adultos - no mundo todo. Com narrativas identificáveis, engraçadas e repletas de ensinamentos, existe uma história para agradar cada pessoa.
O estúdio americano produziu 23 longas-metragens e dezenas de curtas, amados não apenas pelo público, mas pela crítica. As produções ganharam 21 Oscars, 11 Grammys e nove Globos de Ouro, além de outros reconhecimentos.
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Disney Pixar também é responsável por múltiplos recordes: Os Incríveis 2 é a terceira animação de maior bilheteria, com um total de US$ 1,2 bilhão. Além disso, 15 das produções do estúdio estão entre as 50 animações com maior arrecadação.
Com isso em mente, a Rolling Stone Brasil listou oito lições que aprendemos com os filmes da Disney Pixar; confira:
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"Ao infinito e além." - Buzz Lightyear
Quando o patrulheiro espacial Buzz Lightyear entrou pela primeira vez no quarto de Andy, acreditava poder voar e atacar os inimigos com laser. Apesar dos questionamentos de Woody, Buzz estava determinado a salvar o universo do malvado Imperador Zurg.
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No entanto, a confiança do personagem desaparece quando percebe não ser o verdadeiro (e único) Buzz Lightyear. Mas bastou seus amigos estarem em perigo para o astronauta superar a decepção e, de certa forma, voar para salvá-los. O filme ensina a sempre ousarmos nos objetivos da vida, sem medo de sonhar alto. O patrulheiro acreditava poder voar, e voou. Nunca devemos duvidar de nossos poderes e habilidades para, assim como Buzz, alcançá-los.
Em Procurando Nemo, Marlin vai atrás do filho ao lado da esquecida peixinha Dory. Vagando pelo mar, encontram uma pista do paradeiro em uma máscara, mas a perdem - para desespero do peixe-palhaço. Porém, ela canta: "Continue a Nadar!", e arrasta o amigo para as profundezas do oceano. São perseguidos por uma assustadora criatura, mas encontram o objeto.
A cena destaca como, muitas vezes, enxergamos uma situação como fim, quando, de fato, é apenas o começo. Ao nos depararmos com adversidades, devemos enfatizar como tudo ficará bem, e nunca desistir. Caso não esteja bem, é porque ainda não é o final.
O jovem casal Ellie e Carl sonham em viajar para o Paraíso das Cachoeiras. Porém, precisam usar as economias para obrigações da vida adulta, e nunca conseguem partir.
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Após a morte de Ellie, Carl - com 78 anos - finalmente tem a chance de realizar seu sonho ao conhecer o jovem explorador Russell. Vivenciam muitas aventuras e, eventualmente, chegam ao Paraíso das Cachoeiras.
O filme retrata bem como tempo e idade são apenas números. Às vezes, não conseguimos priorizar nossos sonhos e objetivos, ou demoramos para alcançar algumas fases, mas tudo bem. A demora não importa - e sim chegarmos lá.
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Remy é um rato com sentidos desenvolvidos, apaixonado pela cozinha e pela vida. Para ele, o Chef Gusteau é uma inspiração - quer ter um restaurante como o dele. Mas o pai de Remy não aprova o sonho de virar cozinheiro e estar perto dos humanos. Ele persiste, e no final, tem sucesso.
Como Remy, devemos confiar nos instintos e perseguir nossas paixões, independente dos comentários ou opiniões de outras pessoas. É necessário reconhecer quem é responsável por definir nossas limitações: nós mesmos. Portanto, persiga seus sonhos sem inibições.
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Em O Rei Leão, a dupla Timão e Pumba vive um estilo de vida despreocupado, seguindo a filosofia Hakuna Matata. Quando Simba os conhece, sente-se deprimido e culpado pela morte do pai, Mufasa. Vendo o desânimo do jovem leão, Timão e Pumba cantam para Simba, e ensinam-no a relaxar e não se preocupar muito com a vida.
A cena não pede para ignorarmos acontecimentos importantes - não devemos esquentar a cabeça com o inevitável. Para viver da melhor maneira possível, a lição é clara: se o problema tem solução, não há razão para se preocupar; se não tem, o incômodo é desnecessário.
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Soul é um filme com proposta interessante. Mostra o pré-vida, lugar onde almas esperam para encarnar na Terra. Mas só conseguem quando encontram um propósito. A alma 22, porém, procura há anos e não encontra uma paixão. Pelo menos, até encontrar Joe Gardner. O professor de música é apaixonado por jazz, e vê o sentido da existência como sucesso musical. 22 aproveita-se da alma dele (e vice-versa) para, finalmente, vir ao mundo.
Os dois tentam entender qual é a vocação na Terra. Mas, logo entendemos como isso, na verdade, não existe: o propósito não é uma habilidade singular, mas a vontade de viver. As paixões contribuem, mas o entusiasmo pela sensação de estar vivo é suficiente. Por estar obcecado pela falta de sucesso de seus sonhos, Joe esqueceu de aproveitar a jornada e perdeu o propósito.
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O filme questiona como passamos nossa existência procurando sentido, e deixamos de lado momentos intensos - o real objetivo da vida.
No início de Divertida Mente, Alegria mostra-se no comando da sala de controle. Coordenando as outras emoções, admite não entender porquê Tristeza existe na cabeça de Riley. No entanto, são forçadas a trabalharem juntas, conhecendo melhor umas às outras.
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Em uma das maiores revelações do filme, Alegria relembra quando Riley perdeu um lance em um importante jogo de hóquei - e percebe como a Tristeza foi importante para fazer a garota ter compaixão pelos pais e colegas. Isso transforma uma memória possivelmente traumática em essencial para jovem.
O filme destaca como enxergamos algumas das emoções como insignificantes ou negativas, enquanto são responsáveis por colorirem a vida. Todas desempenham um papel importante no bem-estar humano, e devem ser vivenciadas e aceitas.
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Edna Moda não é apenas uma estilista de trajes de super-heróis. Íntima da família Pêra, a artista está sempre pronta para ensinar importantes lições. Embora tenha cometido alguns erros no passado (a famosa capa causou a morte de muitos heróis), Edna não foi desencorajada por isso. Em vez disso, a estilista aprendeu a lição e usou para melhorar projetos futuros.
O filme ensina a não permitir os erros cometidos na vida definirem quem somos ou como agimos. Entendê-los para sermos melhores é fundamental, mas deixá-los controlar nossas atitudes é nocivo.
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