Com direção de Fede Álvarez (O Homem nas Trevas), o nono filme da franquia criada por Ridley Scott já está em cartaz nos cinemas
Angelo Cordeiro (@angelocinefilo) Publicado em 15/08/2024, às 13h15 - Atualizado em 21/11/2024, às 13h00
A franquia Alien foi perdendo seu prestígio com o público e a crítica com o passar dos anos. Muito por ter seguido caminhos que nem sempre se apresentaram interessantes ao público, mas também por ter sofrido influências do estúdio e de seus produtores.
O caso mais claro é de Alien³, longa de 1992 assinado por David Fincher, que renega o próprio filme. Responsável por sucessos como O Curioso Caso de Benjamin Button (2008) e A Rede Social (2010), o cineasta já afirmou, em diversas entrevistas, que não gostou do resultado obtido em sua produção de estreia na direção.
Dito isso, não é exagero afirmar que o sucesso — de crítica e de público — dos dois primeiros filmes se deve aos seus realizadores: Ridley Scott, idealizador da franquia, no primeiro, lançado em 1979; e James Cameron, conhecido por blockbusters como Titanic (1997) e Avatar (2009), no segundo, de 1986. Ambas as histórias são conduzidas por cineastas empenhados em exibir seus maneirismos e servir aos gêneros trabalhados: o primeiro à ficção científica e ao terror e o segundo à ação.
Após Alien - A Ressurreição (1997), quarta entrada da franquia — que afundou de vez quaisquer chances de continuações —, uma nova manobra foi tentada: um crossover com a franquia Predador. O resultado? Mais um fracasso de crítica e público, mas não grande o suficiente para impedir uma sequência, que também não teve sucesso.
Ridley Scott voltou a assumir as rédias da franquia em 2012 com Prometheus, em que o cineasta apresentava uma abordagem mais filosófica e diferente do que a franquia havia tentado até então. O longa dividiu opiniões, mas garantiu uma sequência, Alien: Covenant, de 2017, que fracassou e sepultou novamente os planos de Scott de reviver Alien.
Agora, anos depois, a franquia volta para uma nova rodada com Alien: Romulus, que acaba de estrear no Disney+. Além de escalar Fede Álvarez, um diretor bastante acostumado ao terror, a novidade volta às origens da franquia para apresentar uma história claustrofóbica conduzida por novos rostos de Hollywood, como foi o caso de Sigourney Weaver, que teve a sua grande estreia em Alien, o Oitavo Passageiro e hoje é considearada um ícone.
Em Alien: Romulus, que se passa após os eventos do primeiro filme, um grupo de jovens colonizadores espaciais se aventura nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, que os força a lutar por sua sobrevivência.
Os principais acertos de Alien: Romulus são a escalação do diretor Fede Álvarez, que já conduziu produções como A Morte do Demônio (2013) e O Homem nas Trevas (2016); e o retorno às origens que, ironicamente, parece ser o sopro de originalidade que a franquia precisava.
A história é bastante simples, mas o que torna Alien: Romulus tão gratificante é como ele assume uma roupagem que remete ao longa original, trazendo ainda diversas referências às sequências da franquia — de Alien - A Ressurreição, talvez a mais polêmicas delas, já no terço final, a Prometheus, quando certo elemento é citado por um personagem curioso, que surge inusitadamente na história.
Porém, a novidade está longe de se limitar a referências. Esse é um filme cru e sujo, com foco na construção da tensão encarada pelos personagens, sem a pretensão de apresentar nada que já não tenha sido feito anteriormente.
Álvarez sabe bem onde está pisando e a tensão escalona até os minutos finais, quando Alien: Romulus se eleva a um patamar de angústia e ação comparável apenas ao que Scott e Cameron atingiram em suas fitas, nos levando a crer que, afinal, a franquia ainda pode ter salvação.
O cinema é tema do novo especial impresso da Rolling Stone Brasil. Em uma revista dedicada aos amantes da sétima arte, entrevistamos Francis Ford Coppola, que chega aos 85 anos em meio ao lançamento de seu novo filme, Megalópolis, empreitada ousada e milionária financiada por ele próprio.
Inabalável diante das reações controversas à novidade, que demorou cerca de 40 anos para sair do papel, o cineasta defende a ousadia de ser criativo da indústria do cinema e abre, em bom português, a influência do Brasil em seu novo filme: “Alegria”.
O especial ainda traz conversas com Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello sobre Ainda Estou Aqui, um bate-papo sobre trilhas sonoras com o maestro João Carlos Martins, uma lista exclusiva com os 100 melhores filmes da história (50 nacionais, 50 internacionais), outra lista com as 101 maiores trilhas da história do cinema, um esquenta para o Oscar 2025 e o radar de lançamentos de Globoplay, Globo Filmes, O2 Play e O2 Filmes para os próximos meses.
O especial de cinema da Rolling Stone Brasil já está disponível nas bancas de jornal, mas também pode ser comprado na loja da editora Perfil por R$ 29,90. Confira:
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