Novidade, que encerra o Universo Estendido da DC, tem história rasa e previsível, mas também conta com todos os elementos de um blockbuster
Henrique Nascimento (@hc_nascimento) Publicado em 21/12/2023, às 14h45
Acabou. Dez anos após Zack Snyder dar início à turbulenta viagem que seria o Universo Estendido da DC, uma tentativa da Warner Bros. Pictures de criar o seu próprio Universo Cinematográfico da Marvel, Aquaman 2: O Reino Perdido chegou aos cinemas brasileiros na quinta-feira, dia 20 de dezembro, para encerrar, de uma vez por todas, esse capítulo da franquia.
Bastante diferente do que Snyder tentou idealizar com O Homem de Aço (2013), o segundo e, muito provável, último filme do Aquaman, novamente vivido por Jason Momoa (Velozes & Furiosos 10), não tenta dar grandes saltos e se estabelece, confortavelmente, como um filme divertido, que entrega exatamente o que os fãs dessa versão do herói já esperavam, e nada mais.
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Em Aquaman 2: O Reino Perdido, Arthur Curry (Momoa), o Aquaman, está casado com Mera (Amber Heard, Diário de Um Jornalista Bêbado), com quem tem um filho, Arthur Jr.. Agora, quatro anos após assumir o trono de Atlântida, ele se divide entre as suas tarefas como marido, pai e rei, mas nenhuma delas é tão fácil quanto ele esperava, principalmente em tempos em que os mares estão aquecendo, assim como o resto do mundo, e toda a vida corre o risco de ser extinta.
Por trás do fenômeno catástrófico está David Kane, o Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II, Watchmen), que segue em sua tentativa de se vingar do Aquaman pela morte de seu pai. Tentando recuperar o seu poder para, finalmente, enfrentar o seu inimigo, ele acaba se deparando com um mal antigo ao se apossar do lendário, mas temível Tridente Negro.
Ao descobrir o que está acontecendo, o Aquaman decide libertar o seu irmão e antigo inimigo, Orm (Patrick Wilson, Sobrenatural: A Porta Vermelha), e propõe uma improvável aliança na esperança de que, juntos, eles possam encontrar e derrotar o Arraia Negra antes que ele destrua não só aqueles que o herói ama, mas o planeta inteiro.
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O dedo de James Wan, que retorna na direção em Aquaman 2: O Reino Perdido, já esteve em algumas das principais franquias do cinema moderno, como Jogos Mortais, Sobrenatural, Invocação do Mal e Velozes & Furiosos. Apesar de nenhumas delas ter parido grandes obras-primas da sétima arte, elas dividem uma similaridade: são enormes sucessos de público.
Dessa forma, a escolha de Wan para comandar os dois filmes do Aquaman talvez seja um dos maiores acertos do Universo Estendido da DC, porque ele sabe muito bem como transformar qualquer filme meia-boca em um blockbuster. Se Aquaman 2: O Reino Perdido terá o mesmo sucesso do primeiro filme, que ultrapassou US$ 1 bilhão em bilheterias mundais, eu duvido muito - já que nem a própria Warner Bros. se importou em divulgar o filme -, mas Wan garantiu que ele tivesse todo o potencial para que isso acontecesse.
A novidade é como um Velozes & Furiosos embaixo d'água, que você vai assistir sabendo que, no dia seguinte, provavelmente nem lembrará dos detalhes história, mas saberá, com certeza, que durante aquelas duas horas no cinema, a experiência foi satisfatória o suficiente para que você recomende para amigos e, quem sabe, até a repita novamente no futuro.
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O filme tem muita ação, muita pancadaria promovida por Jason Momoa, muitas piadas, muitas situações forçadas para renderem ainda mais piadas, efeitos especiais que funcionam na maior parte do tempo, uma pitada de drama e arcos de redenção, que encerram a jornada do herói no Universo Estendido da DC em uma nota bastante positiva. Se nunca mais virmos Momoa na pele do Aquaman novamente, está tudo certo, porque pelo menos a última viagem foi bem bacana.
Talvez Aquaman 2: O Reino Perdido seja até mais do que um simples filme de ação ou um projeto que os chefões da Warner Bros. só não queriam deixar engavetado depois de investirem milhões de dólares, mas uma lição de que a gente precisa aprender a lidar com esses filmes de super-heróis como fazíamos no passado, sem levá-los muito a sério.
Dessa forma, talvez a gente se permita se divertir mais e se frustrar menos com futuras produções do gênero. Quer criar expectativas sobre um filme em que o protagonista não perde a oportunidade de salientar que conversa com peixes? Bom, aí é um problema só seu. O resto de nós só quer se divertir mesmo.
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