Marvel dá um passo atrás e entrega farofa divertida em As Marvels; leia a crítica de Rolling Stone Brasil (Foto: Divulgação/Marvel Studios) -
CRÍTICA

Marvel dá um passo atrás e entrega farofa divertida em As Marvels

Estrelado por Brie Larson, Teyonah Parris e Iman Vellani, longa já está em cartaz nos cinemas brasileiros

Henrique Nascimento (@hc_nascimento) Publicado em 09/11/2023, às 16h00

Desde a estreia de Vingadores: Ultimato (2019), longa que encerrou a Saga do Infinito, primeiro grande arco compartilhado do Universo Cinematográfico da Marvel, os fãs estão em uma busca frenética pela próximo espetáculo da franquia. Infelizmente, esse não é o caso de As Marvels, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (9).

No segundo filme da Capitã Marvel (Brie Larson), que agora ganha os reforços da Capitã Monica Rambeau (Teyonah Parris) e de sua superfã Kamala Khan, a Ms. Marvel (Iman Vellani), a Marvel joga as ambições para debaixo do tapete, dá um passo atrás e, mesmo que não leve um espetáculo ao cinema, entrega uma aventura divertida - como há muito tempo não se via na franquia - e satisfatória o suficiente para manter o Universo Cinematográfico da Marvel nos trilhos.

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Na novidade, um misterioso fenômeno interliga os poderes das heoínas, forçando-as a trabalharem juntos para descobrir o que está acontecendo. Logo, os seus caminhos cruzam com o de Dar-Benn (Zawe AshtonVelvet Buzzsaw - Toda Arte é Perigosa), uma revolucionária Kree, que deseja se vingar da Capitã Marvel por ter destruído o seu planeta natal.

Depois de tantos fracassos na Saga do Multiverso, como Thor: Amor e Trovão (2022), Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022) e, mais recentemente, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023), As Marvels se exime da responsabilidade de ser uma grande experiência cinematográfica e mistura comédia, ação e ficção científica em uma história sem a ambição de se tornar uma peça-chave no universo compartilhado da franquia, mas que não falha em entreter.

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O carro-chefe do novo filme da Marvel é, certamente, a comédia. As Marvels traz ótimas cenas de luta e sequências de ação bem comandas pela diretora Nia DaCosta (A Lenda de Candyman), mas o humor se destaca ao aparecer em 90% da história, especialmente na figura de Iman Vellani, que faz de sua Kamala Khan uma ponte entre o espectador e esse tão adorado universo de super-heróis.

A atriz nasceu para interpretar a personagem, que é uma fã dos Vingadores antes mesmo de trabalhar junto com os maiores heróis da Terra pela primeira vez, e o seu primeiro encontro com o seu ídolo, a Capitã Marvel, é tão divertido quanto relacionável. Afinal, quem não adoraria passar um tempo com alguém que admirou por tanto tempo, não é mesmo?

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A química entre as protagonistas também é destaque em As Marvels. Apesar do pouco tempo de filme - a novidade tem a menor duração de um longa da franquia até hoje -, Carol, Kamala Monica constroem um relacionamento, que vai além da reunião de um time de heroínas e as transforma em uma família, levando a um desfecho apressado - um dos pontos baixos da produção -, mas emocionante.

As Marvels traça poucos caminhos para o futuro da franquia, mas resgata uma parte do que fez com que centenas de milhares de fãs se apaixonassem e permitissem que o Universo Cinematográfico da Marvel fosse tão longe: a diversão.

 
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