Após polêmica, James Gunn foi demitido da Marvel, mas retornou ao estúdio pouco tempo depois, mesmo com novo contrato com a DC
Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 20/07/2021, às 20h52
É difícil imaginar um filme de Guardiões da Galáxia (2014) sem a direção de James Gunn - mas isso quase aconteceu. Em 2018, após uma série de tweets do diretor com piadas sobre Holocausto, pedofilia, estupro entre outros assuntos virem à tona, Gunn perdeu o emprego na Marvel. No entanto, pouco tempo depois o estúdio repensou a decisão.
Guardiões da Galáxia foi o primeiro filme do MCU a ser ambientado completamente no espaço, uma escolha um tanto arriscada, pois não havia como saber se o público receberia bem a história. Mas a produção surpreendeu e se tornou um verdadeiro sucesso, dando origem a uma trilogia, com o último filme com estreia prevista para 2023.
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Quando apoiadores do ex-presidente dos EUA Donald Trump divulgaram os tweets ofensivos publicados em 2010, Gunn estava na metade do roteiro do terceiro filme dos Guardiões da Galáxia. Pouco tempo depois, recebeu a notícia do desligamento do estúdio. "Por um dia inteiro, pareceu o fim de tudo," revelou ao The New York Times.
A produção do longa foi colocada em pausa e o diretor se desculpou pelas publicações. Na época, o elenco do filme se posicionou fortemente nas redes sociais a favor do diretor. Jornalistas fizeram o mesmo. Todos queriam a volta de Gunn na Marvel e, com outros diretores se recusando a continuar com o projeto, a situação se agravou.
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— James Gunn (@JamesGunn) March 15, 2019
Mesmo com futuro incerto na Marvel, Gunn não deixou a paixão pelas histórias de heróis de lado. Então surgiu uma nova oportunidade: dirigir um filme da DC. A mudança parecia uma jogada ousada, visto que o estúdio é o principal concorrente da Marvel. Mas com a liberdade oferecida pela DC, o diretor não hesitou em escolher trabalhar na própria versão do Esquadrão Suicida.
Com uma insistência do público e do mundo do entretenimento, a Marvel decidiu recontratar Gunn - um dia após ele fechar um contrato com a DC. "Realmente recebi a ligação de Alan Horn [presidente do Walt Disney Studios], muito antes do anunciado: aconteceu literalmente no dia seguinte que eu concordei em fazer o Esquadrão Suicida," revelou à Empire.
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Com um filme da DC encaminhado e o retorno à Marvel, Gunn precisava comunicar a todos sobre o novo projeto. Então ligou para Kevin Feige, presidente do estúdio, para contar a novidade. Quando Feige ouviu sobre o Esquadrão Suicida, apenas disse, "por favor, faça um bom filme. Apenas faça um ótimo filme," como revelou Gunn.
A Marvel esperou a finalização de Esquadrão Suicida para dar continuidade a Guardiões da Galáxia Vol. 3. A nova versão do filme sobre os vilões da DC recebeu boas críticas e tem estreia prevista para 6 de agosto de 2021, enquanto Peter Quill (Chris Pratt) e sua equipe retornarão aos cinemas somente em 2023.
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