Preparadora vocal da atriz na cinebiografia Back to Black comparou trabalho ao de um atleta
Igor Miranda Publicado em 16/02/2024, às 10h30
Além da possibilidade de conferir a trágica história de Amy Winehouse nos cinemas, fãs estão ansiosos pela cinebiografia Back to Black para ver a performance de Marisa Abela. A atriz britânica foi escalada para interpretar a cantora falecida em 2011, aos 27 anos.
Seja cantando, conversando ou simplesmente estando em público, Winehouse era tinha um jeito único. Será que Abela conseguirá reproduzir todos os detalhes?
Em entrevista ao The Guardian, a preparadora vocal da atriz, Anne-Marie Speed, adiantou alguns detalhes do trabalho com Marisa. Por um lado, a profissional destaca que a atriz treinou “como uma atleta” para conseguir realizar uma boa performance. Por outro, no entanto, foi adiantado que Abela não irá emular exatamente a voz de Winehouse.
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As duas trabalharam juntas entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, quando começaram as filmagens da cinebiografia dirigida por Sam Taylor-Johnson. Durante o período, Marisa aprendeu a cantar, tocar violão e dominar o sotaque de Amy, nascida em Southgate, na região norte de Londres, na Inglaterra. Além disso, houve um trabalho físico para que a atriz ficasse em forma, de modo geral, para o papel. Speed afirmou:
“É uma preparação em tempo integral, é como uma atleta. As pessoas realmente subestimam o quão física pode ser a produção de voz. Eles não veem isso, mas realmente é. Você precisa fazer o corpo funcionar da maneira certa para realmente dar apoio ao que está acontecendo e produzir a voz.”
O desafio, de acordo com a preparadora vocal, esteve em chegar ao equilíbrio desejado para a interpretação vocal. É para ser muito parecido, mas não exatamente igual.
“Você quer que a performance vocal seja muito próxima, não uma cópia. Porque aí era só dublar as gravações da própria.”
Speed ainda detalhou um pouco da programação que conduzia com Abela.
“Eu a via quatro vezes por semana, em sessões de duas horas, durante cerca de três meses, antes de começarmos a filmar. Portanto, é um grande, grande compromisso.”
Nascida em 1983, Amy Winehouse sempre foi vista como um fenômeno musical. Desde cedo, integrou a National Youth Jazz Orchestra, uma tradicional orquestra de jazz do Reino Unido. Assinou contrato com gravadora antes de completar seus 20 anos de idade.
Lançou seu álbum de estreia, Frank, em 2003, mas estourou mesmo foi em 2006 com o segundo (e último), Back to Black, não por acaso o mesmo título da cinebiografia. Faleceu em julho de 2011, aos 27 anos, após muito tempo sofrendo com a dependência química e tendo sua decadência retratada pela mídia, muitas vezes de forma cruel.
Com estreia anunciada para 12 de abril nos cinemas do Reino Unido, Back to Black tem direção a cargo da cineasta Sam Taylor-Johnson, que inclusive já comandou as gravações de uma cinebiografia de músico: Nowhere Man (2009), sobre John Lennon, eterno vocalista e guitarrista dos Beatles. Seu trabalho mais conhecido, porém, é Cinquenta Tons de Cinza (2015).
O roteiro é assinado por Matt Greenhalgh (As Estrelas Não Morrem em Liverpool — 2017), enquanto Alison Owen e Debra Hayward trabalham na função de produtoras.
A maior curiosidade do público estava em torno do nome da atriz que interpretaria Amy Winehouse. A escolhida foi Marisa Abela, conhecida pelo trabalho na série Industry, da HBO. Jack O'Connell (Skins) fará Blake Fielder-Civil, marido de Amy entre 2007 e 2009. Já Eddie Marsan (V de Vingança, Missão: Impossível III) será Mitch Winehouse, pai da artista. Lesley Manville (The Crown), por sua vez, viverá a avó de Amy, Cynthia Winehouse, que foi uma conceituada cantora de jazz.
Como esperado, toda a trajetória de Amy Winehouse será contada ao longo do filme. A promessa é de que o longa aborde os primeiros dias da carreira da cantora, no início dos anos 2000, ainda enquanto uma artista de jazz. Na época, ela residia na região norte de Londres e se apresentava em casas noturnas locais.
A ascensão com hits do porte de “Rehab”, “Back to Black” e “You Know I’m No Good” também será devidamente narrada na obra, que também não deve se furtar de apresentar os problemas pessoais da artista com o vício. A relação tumultuada com Blake Fielder-Civil é outro ponto que estará presente, tendo em vista que além dos conflitos e relações extraconjugais, foi ele quem apresentou drogas à cantora.
Desde a morte de Amy Winehouse, em 2011, há tentativas de transformar a vida da cantora em projetos cinematográficos. O mais próximo que se chegou disso foi com o premiado documentário Amy, lançado em 2015. No mesmo ano, a produtora Lotus Entertainment tentou fazer um filme com a sueca Noomi Rapace (Prometheus) no papel da artista, mas o projeto não seguiu.
Somente em outubro de 2018 o espólio da cantora concordou em firmar contrato para um filme no formato de cinebiografia. O StudioCanal UK produz a obra em parceria com a Monumental Pictures e é responsável pela distribuição no Reino Unido, enquanto a Focus Features obteve os direitos nos Estados Unidos.
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