Kevin Eastman é parte interessada no assunto, visto que seus icônicos personagens inspiraram um novo filme lançado em 2023
Igor Miranda Publicado em 28/09/2023, às 08h40
Quem acompanha um pouquinho de cinema que seja, com certeza, sabe do domínio atual exercido pelos filmes de super-herói nas bilheterias mundiais. E não é algo restrito ao momento atual, já que muitos desses longas entraram para as listas de maiores arrecadação em bilheteria da história.
Vingadores: Ultimato, por exemplo, é o segundo filme de maior arrecadação em todos os tempos, com US$ 2,7 bilhões, atrás apenas de Avatar. A mesma lista conta com Vingadores: Guerra Infinita (US$ 2 bi) em sexto, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (US$ 1,9 bi) em sétimo e Os Vingadores (US$ 1,5 bi) em décimo. Todos eles são da Marvel, mas a DC também tem suas posições no ranking, a exemplo de Aquaman (US$ 1,1 bi) em vigésimo oitavo, Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (US$ 1,081 bi) em trigésimo quinto e Coringa (US$ 1,074 bi) em trigésimo sexto.
Porém, há quem diga que esse domínio está chegando ao fim. Uma dessas pessoas é Kevin Eastman, profissional que também vem do mundo dos quadrinhos. Ele é um dos criadores da saga de super-heróis Tartarugas Ninja, na ativa desde 1984, ao lado de Peter Laid.
Em entrevista ao NME, Eastman apontou que “até certo ponto” a hegemonia Marvel/DC nas bilheterias e na quantidade de salas de cinema do planeta está diminuindo. Não se trata de uma observação de hater, pois ele gosta dos filmes.
“Eles fizeram isso tão bem por tanto tempo. Lembro-me de quando Capitão América: O Primeiro Vingador foi lançado em 2011… Foi feito perfeitamente com Chris Evans como Capitão e foi feito de uma forma muito sincera e séria, reconhecendo a importância da base de fãs de quadrinhos… até Vingadores: Ultimato em 2019 e algumas séries de TV. Eles atingiram grandes marcas e deixaram todos nós, fãs originais, felizes.”
A mudança, inclusive, é vista de forma natural pelo quadrinista.
“Acho que agora vamos para outros territórios para criar histórias interessantes… há muito espaço para outros tipos de filmes de quadrinhos, sabe? Estou curioso para ver onde tudo isso vai, com certeza.”
A declaração de Eastman não é aleatória. Ele é uma das partes interessadas em compartilhar algumas vagas desse domínio, pois seus personagens acabaram de inspirar um filme: Tartarugas Ninja - Caos Mutante, lançado no Brasil no fim de agosto. A obra dirigida por Jeff Rowe conseguiu arrecadar US$ 172 milhões em bilheteria, frente aos US$ 70 milhões de investimento.
Ainda durante a entrevista, Kevin Eastman exaltou os acertos de Tartarugas Ninja - Caos Mutante, em sua opinião. O longa coproduzido e co-escrito por Seth Rogen faz uso de visuais criativos inspirados nos quadrinhos que lembram os recentes sucessos Homem-Aranha: No Aranhaverso e Através do Aranhaverso. Na visão do quadrinista, há demanda para animações do tipo.
“É uma combinação interessante de elementos. Quando eu era mais jovem, ser chamado de geek não era uma coisa positiva. Agora, você tem programas de TV como The Big Bang Theory [que se concentra em um grupo de amigos cientistas] e coisas assim tornaram-no mais aceitável, como você vê na popularidade de todas as coisas da cultura pop… Star Wars, Doctor Who, Star Trek e o Universo Cinematográfico Marvel, que é tão espetacular. Acho que a aceitação e a familiaridade e a aceitação generalizada [levaram ao sucesso desses filmes]”.
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