Além de Peter Jackson, diretores como Steven Spielberg, Jordan Peele, Ari Aster e George Miller também exaltaram Fale Comigo
Redação Publicado em 13/08/2023, às 13h00
Um dos filmes mais aguardados de 2023, Fale Comigo estreia na próxima quinta, 17, nos cinemas brasileiros, foi exaltado pela crítica e elogiado por diversos grandes diretores, como Steven Spielberg, Jordan Peele, Ari Aster e George Miller. Agora, Peter Jackson também opinou sobre a produção.
Em declaração feita para Ahi (via Newshub), distribuidora do longa na Nova Zelândia e Austrália, Jackson não poupou elogios à produção dirigida por Danny e Michael Philippou. "Fale Comigo não é apenas bom - é muito, muito bom. O melhor e mais intenso filme de terror de que gostei em anos," afirmou.
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Segundo a sinopse oficial, o filme mostra a história de "um grupo de amigos que descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual."
Com orçamento de US$ 4,5 milhões, Fale Comigo já arrecadou aproximadamente US$ 33 milhões em bilheteria - e o número deve aumentar com o lançamento ao redor do mundo. O elenco conta com Zoe Terakes (Hayley), Sophie Wilde (Mia), Miranda Otto (Sue), Jett Gazley (Alex Varolli), Chris Alosio (Joss), Otis Dhanji (Daniel), Joe Bird (Riley), Alexandra Jensen (Jade), entre outros.
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Em mais um episódio lamentável de censura, Fale Comigo, um dos filmes de terror mais aguardados de 2023, foi banido de Kuwait, país árabe localizado no Golfo Pérsico, porque Zoe Terakes, intérprete de Hayley, está presente no elenco.
Nas redes sociais, Terakes, que se identifica como não-binário e homem trans, pronunciou-se e lamentou o fato. Além disso, ele realizou cirurgia de confirmação de gênero em 2022.
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"Tenho me perguntado como responder a isso. Se merece a dignidade de uma resposta. Este não é o primeiro filme que o Kuwait baniu," escreveu. "Se houver temas, cenas queer ou trans em seu filme, provavelmente não chegará ao Golfo. O que é devastador e aterrorizante por si só. Mas nosso filme não tem temas queer."
Nosso filme nunca menciona minha transsexualidade ou fato de ser queer. Eu sou um ator trans que conseguiu o papel. Eu não sou um tema. Sou uma pessoa. O Kuwait proibiu este filme apenas devido à minha identidade.
"Supostamente, este é o primeiro caso. Este é um novo precedente. É direcionado e desumanizante e pretende nos prejudicar," continuou. "Por mais que seja muito triste receber isso, o que é ainda mais doloroso é o que esse precedente significa para as pessoas queer e trans do Kuwait."
Em seguida, Zoe Terakes comentou a importância de representatividade nas telas, definida como esperança, "luz no fim do túnel, uma razão para continuar, algo a que se agarrar no escuro, uma voz que sussurra que as coisas podem ser melhores do que são."
Terakes também afirmou como "eliminar atores trans nas telas não eliminará pessoas trans (tanto quanto o governo do Kuwait deseja, mas eliminará muita esperança). E a esperança é uma parte tão grande de como vivemos como pessoas marginalizadas."
É assim que aprendemos a superar o ódio, os maus-tratos e a violência. Olhamos para todas as pessoas que fizeram isso antes de nós, olhamos para todas as pessoas que estão fazendo isso ao nosso lado, e isso nos dá esperança para continuar. Somos uma comunidade que aprendeu a depender uns dos outros, porque as pessoas cis historicamente não ajudaram.
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Portanto, nossa sobrevivência depende tanto de nossa capacidade de olhar um para o outro, de compartilhar, de nos apoiarmos, de nos amarmos, de nos vermos. Meu coração se parte pelas pessoas trans e queer do Kuwait, que têm tão poucos lugares para procurar. Se você se sentir zangado, triste ou confuso com isso, considere doar para a Rainbow Railroad; uma organização que ajuda pessoas queer e trans a terem segurança e viverem livres de perseguições em todo o mundo.
— Zoe Terakes (@zoeterakes) August 6, 2023
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