Caso de Kaitlin Arquette, filha de Louis Duncan, pode ter desfecho após confissão de série de assassinatos por Paul Apodaca
Rolling Stone EUA / Andrea Marks Publicado em 06/09/2021, às 11h45
Conhecida por romances para jovens, incluindo Eu Sei o Quê Vocês Fizeram no Verão Passado (1973), Vamos Matar o Professor? (1978) e Stranger with My Face (1981), Louis Duncan parou de escrever histórias do gênero após o assassinato da filha Kaitlin Arquette em 1989. 32 anos depois, há novidades em um dos casos de maior repercussão na história de Albuquerque, EUA.
Em julho de 2021, a polícia da Universidade do Novo México falou com Paul Apodaca, 53, quem admitiu assassinatos e queria depor sobre eles, conforme os oficiais de Albuquerque revelaram em coletiva de imprensa na última semana de agosto.
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Apodaca confessou três estupros e três assassinatos: o esfaqueamento fatal de Althea Oakley, estudante da UNM (Universidade do Novo México) de 21 anos, atacada em junho de 1988 no caminho para casa; a filha de Duncan, Kaitlyn Arquette, morta a tiros um ano depois; além de uma segunda morte a tiros ocorrida entre os dois assassinatos. A polícia anunciou que Apodaca foi acusado pelo assassinato de Oakley e há expectativas de mais acusações, dependendo das investigações.
Apodaca relatou a razão dos crimes para a ABC. O “ódio por mulheres” o levou a esfaquear Oakley, e ainda completou a confissão: “A razão de eu ter feito aquilo, atacá-la, foi o ódio por mulheres, porque vi homens as tratando mal e eles eram caras maldosos. Tentei ser bondoso e gentil, mas elas simplesmente não querem isso. Então, eu era ciumento e liberei meu ódio guardado.”
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De acordo com relato da polícia na coletiva de imprensa, os tiros em Arquette e na vítima não reconhecida foram motivados pelo “desgosto por mulheres,” pessoas escolhidas aleatoriamente.
Arquette foi morta no verão seguinte a graduação do ensino médio, em um ataque inexplicável. Estava dirigindo para casa após jantar na casa de um amigo, quando duas balas entraram pelo lado do motorista e atingiram a cabeça dela.
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Duncan, quem escreveu livros de suspense para adolescentes desde os anos 1960, abandonou o gênero. “Fiquei fraca após o assassinato de Kait,” ela contou ao BuzzFeed em 2014. “Como eu escreveria um romance sobre mulheres jovens em situações de risco à vida?”
A polícia de Albuquerque não conseguiu levar o assassino de Arquette à justiça durante mais de 30 anos. Eles o acusaram, mas não puderam convencer outras duas pessoas sobre o crime - para Duncan, uma tentativa de resolver o caso rapidamente.
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Apodaca, quem tinha um histórico de crimes violentos contra mulheres, estava na cena do crime naquela noite. Os oficiais anotaram suas informações de contato e o deixaram ir. O detetive quem encontrou Arquette no carro, em depoimento, afirmou: “Ele estava passando por lá.”
Crítica da aplicação da lei, Duncan passou décadas investigando o caso com a família. Ela contou com ajuda de médiuns e investigadores particulares, quem focaram em Apodaca como suspeito. Em 1992, Duncan publicou o livro de não ficção Who Killed my Daughter? (1992) (ou Quem Matou Minha Filha?), posteriormente, One to the Wolves (2013) (ou Um Para os Lobos) também cobriu o assassinato.
Duncan morreu em 2016 com 82 anos, mas Kerry Arquette, irmã mais velha da vítima, ainda esperava respostas sobre o caso não ter sido resolvido quando o suspeito estava na cena do crime. “Essa confissão é só o começo,” disse ao Albuquerque Journal. “A família tem inúmeras questões - os motivos e como aconteceu, e várias lacunas a serem preenchidas antes de considerar que a justiça foi feita. Passamos muitos anos tentando preencher essas lacunas sozinhos.”
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