Atriz, que interpretava a protagonista Sam Carpenter, foi retirada da franquia por comentários pró-Palestina
Henrique Nascimento (@hc_nascimento) Publicado em 23/11/2023, às 09h00
Após ser demitida de Pânico 7, novo capítulo da franquia criada por Kevin Williamson e Wes Craven, Melissa Barrera usou as suas redes sociais para falar sobre o acontecimento e reforçar o seu posicionamento no conflito entre Israel e Palestina.
"Eu condeno o antissemitismo e a islamofobia. Condeno o ódio e o preconceito de qualquer espécie contra qualquer grupo de pessoas”, começou a atriz em uma publicação nos Stories. “Como latina, uma mexicana orgulhosa, sinto a responsabilidade de ter uma plataforma que me permite o privilégio de ser ouvida e, portanto, tentei usá-la para aumentar a conscientização sobre questões que me interessam e para emprestar minha voz àqueles em necessidade.”
“Todas as pessoas nesta terra – independentemente de religião, raça, etnia, gênero, orientação sexual ou situação socioeconômica – merecem direitos humanos iguais, dignidade e, claro, liberdade", continuou Barrera.
“Rezo dia e noite para que não haja mais mortes, que não haja mais violência e que haja coexistência pacífica”, acrescentou a atriz. “Continuarei a falar em nome daqueles que mais precisam e continuarei a defender a paz e a segurança, os direitos humanos e a liberdade. Silêncio não é uma opção para mim.”
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Melissa Barrera, que interpretava a filha de Billy Loomis (Skeet Ulrich) e atual final girl da franquia, foi demitida por demonstrar apoio à Palestina em meio ao conflito com Israel. "Venho de um país colonizado", escreveu a atriz, acrescendo o emoji de uma bandeira do México, em referência ao seu país natal.
"A Palestina vai ser livre! Eles tentaram nos enterrar, [mas] mal sabiam que éramos sementes", continuou Barrera.
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"Gaza está sendo tratada, atualmente, como um campo de concentração", ainda disse em outra publicação. "Encurralar todos juntos, sem ter para onde ir, sem eletricidade, sem água... As pessoas não aprenderam nada com a nossa história. E, assim como nossas histórias, as pessoas ainda assistem silenciosamente a tudo acontecer. ISSO É GENOCÍDIO E LIMPEZA ÉTNICA", finalizou a atriz.
Segundo a Spyglass Media Group, produtora do novo filme da franquia, Barrera teria sido demitida por "incitação ao ódio": “A posição da Spyglass é inequivocamente clara: temos tolerância zero ao antissemitismo ou à incitação ao ódio sob qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, depuração étnica, distorção do Holocausto ou qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente a linha do discurso de ódio”, declarou em comunicado à Variety.
Em suas redes sociais, Christopher Landon, escalado para dirigir Pânico 7, comentou a demissão de Barrera da franquia:"Essa é a minha declaração: 💔. Tudo é uma droga. Parem de gritar. Essa não foi uma decisão minha", escreveu no X. No entanto, algum tempo depois, o cineasta deletou a publicação e não falou mais sobre o assunto.
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