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CALIGULA: THE ULTIMATE CUT

'Calígula: O Corte Final' remove cenas explícitas e ganha nova versão; confira a data de estreia

O 'Corte Final', que estreia no Brasil em dezembro, traz mudanças significativas no clássico controverso de 1979

Aline Carlin Cordaro (@linecarlin) Publicado em 21/11/2024, às 20h22

Calígula, um dos filmes mais polêmicos dos anos 1970, retorna às telas em uma versão reconfigurada, intitulada Calígula: O Corte Final. Lançado originalmente em 1979, o longa chocou o público com uma mistura de narrativa épica e cenas de conteúdo explícito. A nova versão, que estreou no Festival de Cannes em maio, promete corrigir os problemas narrativos e adotar uma abordagem mais refinada. O filme chega aos cinemas brasileiros no dia 5 de dezembro.

A polêmica do filme original surgiu por misturar uma produção cinematográfica luxuosa com cenas de sexo explícito, que muitos acharam não combinar com a narrativa histórica. O longa, dirigido por Tinto Brass, foi editado de forma confusa depois que o produtor Bob Guccione, fundador da revista Penthouse, assumiu o controle criativo. Guccione adicionou cenas de pornografia explícita filmadas separadamente, misturando erotismo exagerado com a trama sobre os excessos do Império Romano. Isso deixou o filme desconexo e alvo de críticas pela falta de lógica na história.

A nova edição, Calígula: O Corte Final, foi criada a partir de 96 horas de material bruto da produção original e contou com a supervisão do historiador Thomas Negovan. A história do imperador romano Calígula foi reorganizada, excluindo as cenas de sexo explícito adicionadas após a demissão do diretor original, Tinto Brass. Essas sequências, dirigidas por Giancarlo Lui a pedido do produtor Bob Guccione, desestruturaram o filme, que passou a ser criticado pela desconexão narrativa. No entanto, o Corte Final mantém quase todos os diálogos originais, respeitando a estrutura da obra sem preservar as partes mais controversas.

A restauração em 4K trouxe um aprimoramento significativo à qualidade visual do longa, que, até então, estava disponível apenas em versões de baixa resolução. Além disso, a equipe utilizou inteligência artificial para refinar cenários e recuperar faixas de áudio antes inutilizáveis.

Outra mudança importante é a substituição completa da trilha sonora original. O compositor Troy Sterling Nies criou uma nova trilha que intensifica o tom épico da obra, aproximando-a de produções contemporâneas de temática semelhante, como Gladiador

Apesar das melhorias, Tinto Brass ainda rejeita qualquer versão que não reflita sua visão original para o filme. O diretor chegou a ameaçar processar os responsáveis pelo Corte Final, mas não participou do projeto. Por outro lado, os protagonistas Malcom McDowell e Helen Mirren declararam apoio à nova edição.

 

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