Ator da saga Crepúsculo e de The Batman tem medo de ficar desempregado mesmo após tantos trabalhos de sucesso
Igor Miranda Publicado em 15/10/2023, às 09h00
Robert Pattinson começou sua carreira de ator ainda na adolescência, em teatros. Antes dos 20, já estava escalado para Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005), quarto filme da franquia. A partir de então, acumulou uma série de trabalhos cinematográficos, seja em blockbusters ou longas independentes.
Ainda assim, ele sofre para lidar com rejeição e, especialmente, humilhação. Pode ser um trauma por conta das críticas que acompanharam o sucesso de seu trabalho na saga Crepúsculo, mas é fato que Pattinson tem esse receio — e fala abertamente sobre.
Também famoso por ter protagonizado The Batman em 2022, o astro refletiu sobre o assunto em entrevista à Interview Magazine (via IndieWire). Na ocasião, ele respondia se já havia assumido algum papel no qual não acreditava.
“Tenho um medo muito profundo de humilhação. E também, você meio que sabe que depende de você. Você pode dizer que é um roteiro de m#rda, que o diretor é um idiota ou blá, blá, blá, mas no fim das contas, ninguém vai se importar com os motivos. Você é aquele que todo mundo vai dizer que é ruim. E a grande maioria das pessoas dirá que você é coxo, mesmo quando deu o seu melhor.”
A insegurança de Robert se mostra latente por ele achar que, mesmo após tantas performances elogiadas, corre o risco de ficar sem trabalho.
“É assim que vejo tudo. Estou constantemente pensando que vou passar a maior parte da sua vida desempregado e desesperado e me sentindo um fracasso total. Acho que a vida é assim. Acho que é apenas parte disso.”
Por fim, o ator observou:
“Você está em seu máximo na maior parte do tempo em que está fazendo um trabalho e está empregado por três meses. Essa é a coisa mais estressante do mundo.”
Robert Pattinson e o trabalho
A preocupação de Robert Pattinson com seu volume de trabalho já foi representada em outros momentos. Durante entrevista de 2020 à GQ, por exemplo, ele disse que precisaria expandir sua carreira para voltar a incluir mais filmes comerciais, já que vinha atuando em obras independentes.
“Comecei o ano passado sem emprego. Eu estava ligando para meu agente e pensando — recebi boas críticas por algumas atuações — e pensei: ‘Que p#rra é essa? Achei que havia sido um ano muito bom e estou começando 2020 como se tivesse acabado de fazer um monte de coisas ruins.”
A questão residia justamente no tipo de longa com o qual ele se comprometia.
“O problema que eu estava descobrindo era que, por mais que eu adorasse os filmes indie que estava fazendo, ninguém os via. E então é uma coisa assustadora, porque não sei até que ponto isso é viável para uma carreira. Não sei quantas pessoas realmente existem na indústria que estão dispostas a apoiar um filme sem qualquer viabilidade comercial.”
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