Com entrevistas e vídeos inéditos concedidos pela própria Pamela Anderson, o novo filme da Netflix aborda o escândalo da fita roubada nos anos 1990
Redação Publicado em 14/12/2022, às 13h00
Pamela Anderson tinha 28 anos quando sua privacidade foi exposta para o mundo sem que ela ao menos soubesse. Cerca de 30 anos depois, uma das maiores polêmicas dos anos 1990 voltou à tona na minissérie Pam & Tommy, lançada pelo Hulu em fevereiro deste ano. Agora, através do documentário Pamela, uma história de amor, a atriz finalmente falou sobre um de seus maiores traumas.
Protagonizada por Lily James e Sebastian Stan, a série Pam & Tommy narra um dos momentos mais dramáticos da vida de Pamela Anderson e seu então marido, Tommy Lee, baterista da banda Mötley Crüe. Casados há pouco tempo, os dois tiveram sua intimidade invadida e mundialmente divulgada entre 1995 e 1996, quando a gravação de uma relação sexual entre o casal foi roubada e vendida.
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Acontece que, na época em que o eletricista Rand Gauthier invadiu a casa de Anderson, roubou a sextape do casal e comercializou o conteúdo, ainda não existiam leis de proteção na internet. Dessa forma, apesar dos acordos feitos pela defesa do casal, as cenas íntimas entre Pamela e Tommy logo viralizaram na web — estima-se, inclusive, que a sextape tenha gerado US$ 77 milhões de lucro.
Décadas mais tarde, da mesma forma que a fita foi vazada sem o conhecimento da atriz na década de 1990, o polêmico caso também foi revisitado pela série Pam & Tommy sem a autorização de Anderson. E é exatamente sobre esses tristes episódios da vida da artista conhecida por seu trabalho em S.O.S. Malibu que trata o novo documentário Pamela, uma história de amor.
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Dirigido por Ryan White, o longa promete narrar, sob o ponto de vista da própria Pamela Anderson, alguns dos capítulos mais complexos de sua trajetória, desde o roubo da fita, até seus casamentos e os equívocos da mídia diante desses casos. Em entrevista à Vanity Fair, contudo, o diretor do projeto revelou que a ideia não era retratar a vida de Pamela como nos demais documentários sobre artistas.
Sinto que muitos deles são sobre gerenciamento de marca ou venda de um produto, seja lá o que for. E Pamela é o oposto disso”, afirmou White. “Desde o começo, ela dizia: 'Você pode me perguntar qualquer coisa. Eu vou falar sobre qualquer coisa. Não serei nada além de honesta com você sobre tudo isso’.”
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Muito além de conceder as entrevistas ao documentário, então, Pamela Anderson ainda entregou a White uma coletânea de filmes caseiros nunca antes vistos que acompanham décadas de sua vida pessoal — tudo isso sem sequer assistir às fitas antes. Muito disso porque, segundo o diretor, foram os filhos da atriz, Brandon e Dylan, que convenceram-na “a contar sua história em seus próprios termos”.
“Eles adoram a mãe e realmente odeiam ver sua história sendo contada por outras pessoas de uma forma que eles não acham que seja autêntica para quem ela é. Pamela, por natureza, é uma pessoa incrivelmente aberta e honesta. Talvez seja por isso que Pamela se queimou tanto em sua vida, mas também acho que é o que há de tão adorável e contagiante nela", defendeu o diretor.
Afirmando que Anderson carrega seu coração em tudo que faz, White revelou à Vanity Fair que o documentário também trata dos casamentos de Pamela — inclusive do mais recente deles, com Dan Hayhurst, que acabou durante as gravações do filme. “Sou romântica, e romance é uma tragédia”, afirmou a atriz, em e-mail enviado à Vanity Fair. “Eu acredito em contos de fadas.”
Todos os maridos dela fazem parte da história dela, então estão no filme. E não importa quantas vezes não tenha dado certo para ela, ela ainda é uma romântica incurável e procura o amor verdadeiro em todos os sentidos”, afirmou o diretor. “O filme tem muitas histórias de amor. E, em última análise, acho que o final é sobre ela colocar mais desse amor em si mesma.”
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Com data de lançamento prevista para o dia 31 de janeiro de 2023, Pamela, uma história de amor estreia na Netflix junto do livro de memórias escrito pela atriz. Intitulada Love, Pamela, a obra foi classificada pela Vanity Fair como um “confessionário igualmente sincero” da vida da artista.
“Escrever meu livro foi uma terapia”, revelou Anderson, afirmando esperar que, com os projetos, as pessoas enxerguem-na melhor. “O documentário eu não vi e não tenho intenção de ver. Dei acesso total aos meus arquivos e diários e espero que, por meio da transparência total, faça sentido para alguém.”
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