Filme Marighella estreou no Brasil nesta quinta, 4 de novembro de 2021, e representa o primeiro trabalho de Wagner Moura como diretor
Camilla Millan Publicado em 25/10/2021, às 15h14 - Atualizado em 06/11/2021, às 15h30
O aguardado filme Marighella estreou no Brasil nesta quinta, 4 de novembro de 2021, mas já passou por diversos festivais e recebeu aclamação pela crítica especializada. Na estreia mundial no Festival de Berlim, em fevereiro de 2019, a produção foi aplaudida de pé pelo público.
Inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, o filme tem como foco os últimos cinco anos de vida do escritor, político e guerrilheiro Carlos Marighella, considerado um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira, com duração de 1964 a 1985.
Entre os grandes nomes do elenco, ganham evidência Adriana Esteves, Bruno Gagliasso no papel do grande antagonista da trama, e o icônico Seu Jorge, grandemente elogiado pela interpretação do protagonista Marighella.
Nascido em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911, Carlos Marighella é filho de uma baiana com um imigrante italiano. Alfabetizado desde cedo e um grande destaque nas instituições de ensino pelas quais passou, abandonou o curso de engenharia civil da Escola Politécnica da Bahia em 1934 para se filiar ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro com a ocupação de militante profissional do partido. A partir deste momento, engatou na carreira política com afinco, sofrendo pela opressão ideológica desde antes da Ditadura Militar.
Após ser preso, torturado e solto pela ditadura na Era Vargas, foi eleito deputado federal constituinte pelo PCB baiano em 1946. Depois, foi à China para estudar a revolução comunista chinesa. Quando a Ditadura Militar começou em 1964, Marighella foi preso e torturado em um cinema no Rio — situação decisiva para ele optar pela luta armada no combate ao regime militar.
Carlos Marighella é considerado um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira, além de ser responsável por fundar a Ação Libertadora Nacional (ALN). O grupo armado de esquerda enfrentou o regime e participou, por exemplo, do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick.
Considerado o “inimigo número 1” da ditadura militar, Calos Marighella foi morto em uma emboscada realizada em São Paulo no ano 1969, após uma longa batalha contra o regime militar.
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