- 'Rivais' (Foto: Reprodução)
Nos cinemas

Roteirista de 'Rivais', estrelado por Zendaya, afirma que 'tênis é quase homoerótico'

O filme dirigido por Luca Guadagnino estreou nos cinemas na última quinta-feira, 25

Redação Publicado em 27/04/2024, às 16h04

Justin Kuritzkes começou a escrever o roteiro de Rivais antes mesmo de saber se seu projeto sairia do papel. Foi só em 2021, quando seu trabalho apareceu na Black List — um compilado anual que mostra os roteiros mais populares de Hollywood ainda não executados —, que as produtoras Amy Pascal e Rachel O’Connor assumiram as rédeas. Elas logo chamaram Zendaya para embarcar na empreitada e, mais tarde, Luca Guadagnino foi encarregado da direção.

Com isso, um triângulo amoroso tem preenchido salas de cinema ao redor do mundo — mais uma vez. Kuritzkes é marido de Celine Song, diretora e roteirista de Vidas Passadas (2023). O longa-metragem acompanha o reencontro de dois amigos de infância e uma jornada sobre identidade.

Confira a sinopse de Rivais:

Rivais é do mesmo diretor do sucesso Me Chame Pelo Seu Nome (2017), ganhador do Oscar e BAFTA de Melhor Roteiro Adaptado, em 2018. Jogadora de tênis de grande talento quando adolescente, Tashi Duncan (Zendaya) tinha um futuro promissor pela frente. Nessa mesma época, ela vivenciou uma relação amorosa com dois amigos e também jogadores, Patrick (Josh O´Connor) e Art (Mike Faist). No entanto, uma grave contusão fez com que ela abandonasse parcialmente as quadras. O tempo passou, ela tornou-se esposa e treinadora de Art, e fez dele um campeão. Só que as chamas do relacionamento a três, tudo indica, podem não ter sido apagadas definitivamente, e o principal adversário de Art, agora, é Patrick (via Kinoplex).

+++LEIA MAIS: Rivais, estrelado por Zendaya, é inspirado em fatos reais?

Em entrevista à Variety, Kuritzkes falou sobre a relação de Patrick e Art. "Quando se trata de Patrick e Art, eles passaram a vida inteira juntos, cresceram juntos, passaram pela puberdade juntos. Eles viram um ao outro se tornando homem", disse. 

Para o roteirista, o tênis "é um esporte muito erótico" e "meio que o oposto do boxe, no qual está sozinho e o tempo todo tocando outra pessoa".

Há uma intimidade profunda e um erotismo profundo nisso, e também muita repressão. É um esporte muito reprimido, porque, novamente, o ponto é não ter contato. O ponto é apenas passar perto da outra pessoa. Para mim, isso é quase como um romance vitoriano. É muito sexy. Então, o tênis, por sua natureza, é erótico, e geralmente você joga tênis contra alguém do mesmo gênero. Portanto, o tênis, por sua natureza, torna-se quase homoerótico.

Tudo muda quando Tashi aparece e faz com que "o desejo" flua "em todas as direções de maneiras confusas para todos": "Tentar definir isso ou tentar classificá-lo e dizer que é uma coisa ou outra corre o risco de simplificá-lo, porque a natureza do ambiente deles é que todos estão descobrindo coisas novas dentro de si por causa do arranjo em que se encontram uns com os outros".

 

 

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