Terrifier 2, Skinamarink e O Telefone Preto fizeram barulho na internet e foram os virais mais recentes do gênero - mas será que eles são bons para além do hype? Confira
Ana Paula Nunes Publicado em 13/01/2023, às 17h18
Dos lançamentos do cinema de terror em 2022, alguns chamaram atenção - não pela cinematografia ou por enredos essencialmente inovadores, mas pela capacidade de viralização. Skinamarink, O Telefone Preto e Terrifier 2, alguns desses, se espalharam rapidamente pelas redes, com reacts assustados de criadores e fãs. A pergunta é: afinal, os virais do terror são bons?
Sequência de filme lançado em 2016, Terrifier 2 estreou no Brasil no fim de de 2022. Com baixo orçamento no valor de US$ 250 mil, só nos Estados Unidos o filme chegou a arrecadar 10 milhões de dólares - muito devido à natureza gráfica das cenas.
O diretor Damien Leone entregou situações perturbadoras, com cenas de esquartejamento e muito sangue ao narrar a história de Siena (Lauren LaVera) e seu irmão Jonathan (Elliot Fulham), que se tornam alvo de um palhaço assassino em uma noite de Halloween. O filme testa o limite do espectador, com diversas confissões de desconforto ao longo de quase duas horas de filme.
Em entrevista à Entertainment Weekly, o diretor Damien Leone tem se preocupado com a reação do público devido ao grande número de relatos de casos de tontura e vômitos causados pela obra: "Não quero que as pessoas desmaiem, se machuquem durante o filme. Mas é surreal. É o seguinte, chama-se Terrifer 2, você provavelmente deveria ver o Terrifer 1 antes de pular para este. Se você vir o Terrifer 1, você saberia no que está se metendo”, afirma o cineasta.
Outro filme do gênero que vale destacar são O Telefone Preto, que une suspense e terror, entregando um vilão sequestrador interpretado por Ethan Hawke. A estreia mundial ocorreu em 2021 no Fantastic Fest, festival anual de cinema de Austin. No Brasil o filme chegou às telas dos cinemas em julho de 2022.
Lançado também em julho de 2022, Skinamarink, longa experimental que marca a estreia na direção de Kyle Edward Ball. logo virou caso de amor e ódio entre os espectadores. O terror canadense dividiu a opinião do público. De acordo com a Variety, ele seria cansativo, requerendo muita atenção do espectador para mergulhar na experiência que Ball traz à obra.
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A premissa parece simples: duas crianças acordam no meio da madrugada chamando pelo pai que desapareceu. O destaque aqui é a direção. Ball usou uma câmera estática, filmando pequenas partes do cenário e mostrando somente o movimento das pernas das crianças, construindo uma atmosfera de pesadelo em vez de entregar cenas de impacto visual, propriamente..
De acordo com o site La Estatuilla, o enredo de Skinimarink é simples mas carrega com ele uma série de eventos perturbadores. E raramente as cenas mudam, são sempre espaços como corredores e cômodos da casa sem janelas testemunhado por duas crianças.
No site da Rotten Tomatoes as avaliações dos três filmes estão com aprovação acima de 80% - O Telefone Preto com 83%, Terrifer 2 com 85% e Skinamarink com 88%.
Já no IMDB as avaliações do público são variadas. O filme de Damien Leone é classificado pelo espectador como “a arte da violência” mas também como um filme “não assustador, mas sim sangrento", somando a nota em 6,2. O longa de Scott Derrickson para quem assistiu é considerado “um thriller sólido e tenso com algumas reviravoltas", avaliado como um dos melhores filmes de 2022 com a nota de 6,9. Já o trabalho de estreia de Kyle Ball soma a nota de 5,2 considerado pelo público como "uma das experiências mais diferentes que já tive com um filme!”.
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