Confira sugestões de obras literárias para relembrar e celebrar a importância desta data
Vitoria Rondon Publicado em 08/03/2023, às 10h00
No dia 8 de março, é celebrado o “Dia Internacional da Mulher”. Comemorado pela primeira vez em 1911, em países como Áustria, Alemanha, Dinamarca e Suíça, a data representa uma homenagem às lutas e conquistas de mulheres por igualdade e respeito. Reconhecido pela ONU (Organização Mundial das Nações Unidas) em 1975, o dia tornou-se também uma ocasião para incentivar figuras femininas a buscarem seus direitos.
Nesse contexto, um importante aliado são os livros. Isso porque, por meio da escrita, escritoras como Maria da Penha, Michelle Obama e Carolina Maria de Jesus manifestam suas histórias, seus anseios políticos e demandas sociais que inspiram outras mulheres a romperem padrões limitantes e a criarem suas próprias narrativas. Por isso, confira a seguir 5 obras literárias escritas por essas e outras autoras para entender a luta feminina e celebrar a data.
Uma autobiografia da famosa atriz e produtora norte-americana Viola Davis, vencedora do Oscar, em 2017, como coadjuvante no filme “Um limite entre nós”. Este livro convida os leitores a conhecerem a atriz em seu íntimo, desde uma menina sonhadora da Carolina do Sul até seus medos, suas inseguranças e seu reconhecimento como uma mulher forte.
Narrando a sua história desde a infância até o estrelato, Viola conta como lutou desde sempre para fugir de seu passado e buscar um propósito pelo qual pudesse ser ouvida em um mundo que não a enxergava. Ao longo de 17 capítulos, é possível perceber como a escritora amadureceu em diferentes etapas da vida até se tornar um fenômeno mundial.
Também conhecida por denominar a lei Maria da Penha, como ficou conhecida a Lei nº 11.340/2006, no Brasil, Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de violência doméstica e, por pouco, sua história não teve um final fatal. Após lutar para que o seu agressor fosse condenado e tornar-se líder de diversos movimentos sociais a favor das mulheres, Maria da Penha escreveu uma autobiografia.
Relatando sua história como forma de contribuir para que outras mulheres tenham uma vida sem violência, a escritora descreve como era o seu relacionamento conjugal e revela detalhes das agressões às quais foi submetida. Além disso, ao longo de 220 páginas, Maria da Penha demonstra como foi montado e corrido o processo para que seu agressor fosse punido.
A advogada e escritora norte-americana Michelle Obama, também conhecida por ser a primeira afro-americana a ocupar o cargo de Primeira Dama dos Estados Unidos, tornou-se um dos marcos revolucionários para mulheres ao redor do mundo. Como uma mulher preta e trabalhadora, sua história é uma inspiração para quem sonha em conquistar seus objetivos e desenvolver novos cenários para as minorias.
Por isso, em “Minha História”, os leitores mergulham na trajetória e nas vivências de Michelle, desde a infância, em South Side, Chicago, até sua vida como executiva e mãe e o período em que passou a residir na Casa Branca. Ao decorrer os capítulos, ela ainda descreve suas conquistas e decepções, tanto públicas quanto privadas, e as experiências que a tornaram uma das mulheres mais cativantes do século 21.
Considerada um dos maiores símbolos do ativismo feminista dos últimos tempos, Malala Yousafzai ficou conhecida após ser atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro de um ônibus, quando voltava da escola. Isso porque ela se recusava a ficar em silêncio e lutava pelo seu direito de estudar quando o Talibã tomou o controle do vale do Swat.
Inspirada por sua história, neste livro, Malala, em colaboração com a jornalista britânica Christina Lame, narra sua infância no Paquistão, desde os primeiros anos na escola até a repressão à educação feminina, bem como evidencia a desigualdade social sofrida por uma população exilada sob o comando do Talibã. Durante a leitura, ainda é possível acompanhar os obstáculos enfrentados pelas mulheres em uma sociedade que valoriza os filhos homens.
Carolina de Jesus é considerada uma das escritoras negras mais importantes do Brasil. Uma das primeiras a escrever sobre o cotidiano e a vida de pessoas que moram na favela, por meio deste livro, ela relata suas próprias experiências em um cenário cercado pela pobreza, desigualdade social e miséria. Com escrita simples e comovente, a escritora leva o leitor a mergulhar nas vivências e nos sentimentos das pessoas que moram em comunidades carentes, como a do Canindé, em São Paulo, para promover um olhar mais sensível e empático.
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