- Festival Transforma Música (Foto: Reprodução)
DIVERSIDADE

Festival Transforma Música propõe valorização da arte queer em São Paulo

Segunda edição do evento acontece entre os dias 13 e 15 de dezembro com bate-papos, shows e exposições de artistas LGBTQIAPN+ de todo o Brasil

Redação Publicado em 11/12/2024, às 19h19

O festival Transforma Música está de volta. Celebrando a música queer brasileira e suas múltiplas formas de estranheza e subversão, a segunda edição do evento acontece nos dias 13, 14 e 15 de dezembro na Galeria Olido, localizada no centro de São Paulo.

A programação é completamente gratuita e apresenta bate-papos com importantes nomes do mercado musical, shows que flexionam linguagens da música eletrônica, experimental e pós-punk, além de uma mostra de videoclipes queer nacionais (veja a agenda completa a seguir).

 

O Transforma Música entende queer como  insubordinado e disruptivo, obras de arte e comportamentos que perturbam a ordem social e valores estabelecidos. Queer como os sujeitos que imaginam e exigem o que parece revolucionário e impossível, justamente porque o impossível é aquilo que nos é devido”, explica o filósofo e artista Ali Prando, responsável pela curadoria do evento ao lado de Leon Franz.

Mais do que um festival, o Transforma Música aparece como uma oportunidade de rediscutir o mercado musical brasileiro sob a ótica de pessoas LGBTQIAPN+.

Esse projeto surge como um ato de insurgência porque valoriza não só as narrativas, mas a força estética da comunidade queer. São maneiras diferentes de sentir e ver o mundo que se expressam em criações artísticas potentes e transgressoras, criando rotas de fuga para além da normatividade", comenta o diretor cênico e co-curador León Franz.

Com urgência, o Transforma Música se propõe a pensar a realidade do mercado para esta parcela da população, ao mesmo tempo em que busca entender e impulsionar as potências dos artistas transviados e dissidentes brasileiros.

Festival Transforma Música (Foto: Reprodução)

 

Na abertura do festival, em 13 de dezembro, acontecem uma série de bate-papos. Helena Vieira inicia com uma discussão sobre performatividades subversivas e o conceito de uma "música queer". Fernanda Fiuza aborda a dança na cultura pop. Natália Mallo e Leon Franz exploram práticas subversivas na arte queer. Carlo Bruno Montalvão discute como vender shows sendo artista independente. Fabiana Lian analisa a crise dos festivais, seguida por Dani Ribas, que reflete sobre os desafios dos artistas queer na era do streaming.

Na sequência, o palco é do artista L’homme Statue, que apresenta "RÉVOLUTION", uma fusão de techno, funk e R&B. A programação continua com Gang Bang - Tributo ao NoPorn, que traz Filipe Catto, ALI, Leon Franz, Jup do Bairro, Laura Diaz (Teto Preto), Lucas Freire e Getúlio Abelha homenageando o legado de Liana Padilha e a cena pop experimental.

No dia seguinte, 14 de dezembro, Viridiana estreia com "TRANSFUSÃO", performance sobre vivências trans em pop eletrônico, dança e moda. RETRIGGER e VOTU apresentam "SONHOS ETÉREOS", um baile punk pós-apocalíptico com elementos futuristas. SASKIA apresenta sua personalidade irreverente através de sons ruidosos e provocativos, enquanto ALI apresenta sua DANCETERIA que une teatralidade com sonoridades vanguardistas de pistas de dança. O dia encerra com Karina Buhr, que mistura punk e rock com sua presença explosiva.

Por fim, no dia 15 de dezembro, Camilo Rocha debate o papel do DJ e do remix na cena queer underground. Ive Rubini discute o impacto da inteligência artificial na música e arte queer. André Alves aborda os desafios de saúde mental na indústria da músical. Fausto Fawcett e Amara Moira lideram a oficina "Ficções Sonoras", sobre narrativas queer na composição.

O encerramento começa com Diameyka Odara em "NOITE ELÉTRICA", um live set que celebra a cultura ballroom black queer com house music e vocais poderosos. Jonnata Doll e Os Garotos Solventes, junto a Verônica Valentino, fecham o festival com um espetáculo de punk e performance visceral.

Já a Mostra Queer View, que compõe as ações do Transforma Música, ficará em exibição de 15 de novembro a 15 de dezembro, apresentando videoclipes de artistas LGBTQIAPN+ de todo o Brasil. Com o objetivo de visibilizar a diversidade da cena queer nacional, a mostra propõe um espaço de reflexão sobre as experiências e expressões artísticas que desafiam normas sociais, celebrando a criatividade e a autenticidade dos artistas.

Festival Transforma Música
Dias 13, 14 e 15 em São Paulo
Centro Cultural Olido – Av. São João, 473, Centro
Entrada gratuita

Programação completa

Dia 13 de dezembro

Talks:
Vitrine da Dança, 50 lugares, inscrições no local.

Shows:

Dia 14 de dezembro

Shows:

Dia 15 de dezembro

Talks:
Vitrine da Dança, 50 lugares, inscrições no local.

Shows:

+++LEIA MAIS: Adele revida fã contra mês do orgulho LGBTQIAPN+ durante show: 'Estúpido'

festival queer diversidade LGBTQIAP+ transforma música

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