Na ginástica artística, as diferenças entre as rotinas de solo feminina e masculina são marcantes. Enquanto as ginastas mulheres competem ao som de músicas selecionadas, os homens realizam suas apresentações em silêncio
Aline Carlin Cordaro @linecarlin Publicado em 31/07/2024, às 14h46
A ginástica artística, uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Olímpicos, destaca-se por suas rotinas coreografadas e acrobáticas. No entanto, há uma diferença significativa nas apresentações de solo entre os atletas masculinos e femininos: o uso de música. Enquanto as ginastas femininas realizam suas rotinas acompanhadas de trilhas sonoras, os ginastas masculinos executam suas performances em silêncio, e com o esporte em evidência, muitos se perguntam o porquê.
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Confira abaixo um exemplo com Arthur Zanetti no solo do II Meeting Internacional de Ginástica realizado em São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil.
Agora assista uma rotina de solo da ginástica artistica feminina com Júlia Soares:
Apresentação ESPETACULAR da Júlia Soares no solo com direito a Raça Negra! 🇧🇷👏🏻 pic.twitter.com/iq9t4ksjX0
— Olimpiadas FC (@Olimpiadasfc) July 28, 2024
Essa distinção não é apenas uma escolha estética, mas reflete tradições históricas e regras estabelecidas ao longo do tempo. Desde a inclusão da ginástica artística feminina nos Jogos Olímpicos em 1928, a música tornou-se um elemento essencial das apresentações. As ginastas não apenas realizam acrobacias, mas também coreografam suas rotinas para se adequar à música, sendo avaliadas por sua capacidade de sincronização com o ritmo.
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Em contraste, a ginástica masculina, que estreou nos Jogos Olímpicos em 1896, não utiliza música nas rotinas de solo. As apresentações masculinas focam em força e acrobacia, sem a necessidade de um componente artístico adicional. A pontuação para ginastas masculinos é baseada principalmente nas habilidades técnicas, como saltos e força.
Desde os primórdios do esporte, os juízes avaliam as rotinas femininas não apenas pela técnica, mas também pela arte, musicalidade e coreografia. Já na masculina, não há um componente artístico que justifique o uso de música.
Ao longo dos anos, a escolha musical para as rotinas femininas passou por evoluções. Na década de 1960, apenas instrumentos eram permitidos, mas a introdução das fitas cassete na década de 1980 ampliou as opções musicais. No entanto, as músicas nas rotinas femininas devem ser instrumentais ou não conter letras reconhecíveis.
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