Erik e Lyle Menendez foram condenados pelo assassinato de seus pais em 1996 e novas evidências podem influenciar no caso
Aline Carlin Cordaro (@linecarlin) Publicado em 24/10/2024, às 14h40
O promotor distrital de Los Angeles, George Gascón, vai anunciar nesta quinta-feira, dia 24 de outubro, sua decisão sobre a possível revisão da sentença de Erik e Lyle Menendez, de acordo com comunicado divulgado por seu gabinete. O parecer será revelado durante uma coletiva de imprensa às 13h30 (horário de Los Angeles), no Hall of Justice.
Os irmãos Lyle, 56, e Erik, 53, cumprem atualmente penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional após serem condenados, em 1996, pelo assassinato de primeiro grau de seus pais, José Menendez e Kitty Menendez.
A decisão de Gascón ocorreu após a revisão de novas evidências apresentadas no caso dos irmãos. Embora o promotor tenha o poder de fazer uma recomendação, o parecer caberá ao juiz responsável.
Desde o ano passado, o gabinete de Gascón tem revisado uma petição de Habeas Corpus apresentada pelos advogados dos Menendez no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, que inclui novas evidências sobre o caso. Entre essas evidências estão alegações de abuso sexual feitas por Roy Rosselló, ex-integrante do grupo Menudo, que afirmou ter sido abusado por José Menendez na década de 1980. Outra evidência incluída é uma carta escrita por Erik Menendez a seu primo Andy Cano, que já faleceu, onde ele descreve o suposto abuso cometido por seu pai, meses antes do crime.
Durante uma coletiva de imprensa realizada no dia 3 de outubro, George Gascón afirmou que estava "mantendo a mente aberta" sobre o ressentenciamento dos irmãos e citou a "compreensão mais moderna da violência sexual" como um fator que poderia influenciar a decisão.
Apesar de reconhecer que os irmãos “foram claramente os assassinos”, Gascón afirmou que seu gabinete tem a “obrigação moral e ética de revisar o que nos foi apresentado” e verificar se essas novas evidências poderiam ter alterado o veredicto original do júri. “Temos a responsabilidade de avaliar se essas informações mudariam a percepção dos jurados na época”, disse ele, em uma declaração à imprensa.
Na época do julgamento, a promotoria alegou que o motivo do crime foi a ganância, e citou uma série de compras extravagantes feitas pelos irmãos após os assassinatos, totalizando aproximadamente 700 mil dólares.
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