Os 10 jogos de terror mais assustadores de todos os tempos

Embora jogos de terror raramente recebam maratonas noturnas, encontros de fãs e uma infinidade de produtos como filmes de terror, seu impacto não é menor. Na verdade, a imersão nos jogos coloca os jogadores como participantes ativos — controlando com as próprias mãos o joystick, teclado ou até o espaço virtual da realidade aumentada. Games de terror têm uma maneira única de mexer com a cabeça dos jogadores, e ficam na mente como as cenas de um acidente. Essa intensidade íntima torna os jogos um elemento essencial no universo do terror.

Do ponto de vista evolutivo, faz sentido que as pessoas queiram se assustar de propósito. Além da adrenalina, assistir a filmes como Carrie (1976), onde Sissy Spacek é coberta de sangue no baile, prepara os espectadores para a dureza da realidade. Assustar-se também dá a sensação de enfrentar o perigo — sejam mortos-vivos, ex-namorados traiçoeiros ou serial killers — sem se colocar em risco real. Pelo menos é o que dizem os cientistas.

Embora aterrorizar os jogadores possa ser mais fácil com a imersão dos jogos, alguns títulos levam essa arte ao nível de grandes clássicos do cinema. E, enquanto o realismo parece ser a fórmula mais eficaz, desenvolvedores encontraram maneiras de transformar pixels em puro pesadelo.

Abaixo, confira os dez jogos mais assustadores de todos os tempos:

10. Imscared (2012)

Plataformas: PC
Desenvolvedora: Ivan Zanotti’s MyMadnessWorks

O horror surrealista em primeira pessoa de Imscared parece uma alucinação ruim. A trama é vaga, mas o jogo coloca o próprio jogador como protagonista, sendo abordado por demônios sorridentes que parecem “vivem” dentro dos arquivos do jogo. Logo no começo, um aviso alerta: “este jogo tentará enganar você o máximo que puder”.

No jogo, os jogadores encontram as entidades White Face e HER, que tornam a fuga impossível, aparecendo nas sombras e até gerando arquivos interativos na área de trabalho do computador real dos jogadores. Mesmo que os monstros pixelados sejam quase cartunescos, é difícil escapar da sensação de paranoia quando algo aparece na sua tela.

9. Five Nights at Freddy’s 4 (2015)

Plataformas: PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One, PC, Mobile
Desenvolvedor: Scott Cawthon; Scottgames; Clickteam LLC USA

A franquia Five Nights at Freddy’s é conhecida por suas assustadoras surpresas. No quarto jogo da série, a trama acontece no quarto de uma criança, onde animatrônicos sinistros se escondem, prontos para atacar. Os jogadores, armados apenas com uma lanterna, assumem o papel de uma criança indefesa, tornando tudo mais tenso e assustador.

8. P.T. (2014)

Plataforma: PlayStation 4
Desenvolvedora: Konami

Ao contrário de outros jogos Silent Hill , PT opera em primeira pessoa, com um protagonista sem nome. A casa em que se passa é menos 'maltratada' do que o típico casebre Silent Hill. Depois de um tempo, as paredes brancas suburbanas em PT ficam ensanguentadas banhadas em uma luz vermelha espessa, pontuadas pelo som do choro de um bebê. Os jogadores eventualmente encontrarão o feto disforme, inchado e se contorcendo na pia.

PT — uma colaboração entre o criador de Metal Gear Solid, Hideo Kojima, e o diretor de O Labirinto do Fauno, Guillermo del Toro —  é tão infame quanto bem visto. Primeiro, serve apenas como uma provocação para um jogo que nunca se concretizou — a parcela planejada de Silent Hill de Kojima, Silent Hills, foi cancelada depois que a desenvolvedora e a publicadora Konami tiveram um rompimento em 2015. Então, mesmo como uma experiência, PT oferece apenas cerca de 30 minutos de tempo de jogo (embora seus quebra-cabeças possam levar horas para serem resolvidos). Hoje, o jogo nem está acessível para download, a menos que você ainda o tenha salvo em seu console.

7. Phasmophobia (2020)

Plataformas: PC; PlayStation 5, Xbox Series X|S (a partir de 29 de outubro)
Desenvolvedora: Kinetic Games

A simulação de caça-fantasmas pede para até quatro jogadores coletarem evidências de assombrações usando equipamentos como a Spirit Box, um walkie-talkie para fantasmas e um crucifixo padrão. Coordenar com amigos é essencial para jogadores que esperam sobreviver a cada propriedade infestada para a qual Phasmophobia os envia. Progredir pelos níveis desbloqueia fantasmas cada vez mais agressivos, e poltergeists de alto nível podem decidir rapidamente que gostariam que os jogadores também estivessem mortos. 

Os jogadores precisarão contar com a boa vontade dos amigos para mantê-los seguros — uma proposta assustadora por si só. Às vezes, apesar dos esforços mais bem-intencionados, a segurança em Phasmophobia pode parecer eternamente fora de alcance. 

Apesar disso, o suspense aumenta conforme os jogadores tremem por propriedades aparentemente vazias, rastejando de sala em sala na expectativa de um espectro aparecer. Eles começam a ter esperança e medo de que algo aconteça. E, quando um espírito inevitavelmente aparece para enrolar seus dedos cinzentos em volta do crânio deles para espremer o interior, eles estarão suando muito para se preocupar com qualquer física de jogo de má qualidade. 

6. Clock Tower (1995)

Plataformas: Super Famicom, PlayStation, Windows
Desenvolvedora: Human Entertainment

Inspirado no filme Phenomena de Dario Argento, o enredo sobrenatural de Clock Tower gira em torno de uma órfã chamada Jennifer, que é modelada a partir de Jennifer Connely, a atriz que interpreta Jennifer (surpresa) no filme.

5. Rule of Rose (2006)

Plataforma: PlayStation 2
Desenvolvedoras: Sony Interactive Entertainment; Atlus

Rule of Rose geralmente é um título de terror psicológico grosseiro e perturbador para o PlayStation 2. Sua história retrata uma órfã de 19 anos chamada Jennifer, que está sendo torturada por uma sociedade secreta de crianças que se autodenominam Red Crayon Aristocrat Club. Durante todo o jogo, ela é forçada a suportar suas punições (eles estão ansiosos para assassinar seu cachorro, por exemplo) até que ela recupere memórias reprimidas de sua juventude de partir o coração. 

Rule of Rose foi alvo de intensa controvérsia em torno de seu lançamento em 2006. Na Europa, o então prefeito de Roma, Walter Veltroni, implorou para que o jogo fosse banido depois que a divisão americana da Sony afirmou que ele "não estava realmente em sincronia com sua imagem corporativa". Uma série de reportagens subsequentes da mídia finalmente aumentou o frenesi, e o Reino Unido finalmente baniu Rule of Rose depois que publicações suficientes o associaram a tortura obscena de menores. 

4. Resident Evil 7: Biohazard (2017)

Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Windows
Desenvolvedora: Capcom

Como uma das franquias de survival horror mais populares e duradouras dos games, Resident Evil contribuiu com quase duas décadas de abominações para os pesadelos dos jogadores. Dos 10 jogos principais (sem contar spin-offs e remakes), um em particular se destaca nos ombros mutilados e zumbificados dos demais como o mais assustador do grupo: Resident Evil 7: Biohazard de 2017 .

Algo como um reboot suave para a série, Resident Evil 7 trouxe a franquia de volta às suas raízes de survival horror após um trio de jogos (4 a 6) que se tornaram cada vez mais parecidos com filmes de ação. Trocando o tiro por cima do ombro em terceira pessoa dos jogos anteriores por uma perspectiva mais íntima em primeira pessoa, ele traz de volta a sensação de pavor sempre presente que os primeiros jogos da série trocaram em espadas. Os jogadores se tornam o protagonista Ethan Winters enquanto ele explora a casa abandonada manchada de lama e sangue onde sua esposa desapareceu, e é horrível . 

Ao contrário de outros heróis de Resident Evil como Leon de Resident Evil 4 ou Chris de Resident Evil 5 , Ethan não é um agente federal ou operador especialista com uma arma. Ele é um engenheiro. Ele é um marido. Ele é ineficaz. A podridão e a doença que encharcam a casa da Louisiana em que ele está preso se acomodam mais rápido por causa de sua fraqueza. Quando ele finalmente encontra sua esposa, a pele sob seus olhos está completamente cadavérica, e ela gentilmente remove seu braço com uma serra elétrica. A traição do momento e o grito dolorido de Ethan carregam o tipo de medo que ecoa no meio da noite.

3. Outlast (2013)

Plataformas: PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One, Windows
Desenvolvedora: Red Barrels

Mais de 10 anos após seu lançamento, Outlast continua a ser excepcionalmente desagradável. A história segue Miles Upshur, um corajoso jornalista investigativo, que decidiu seguir uma denúncia anônima que revelará a corrupção nos bastidores do Asilo Mount Massive. Mas, com apenas uma filmadora e um caderno em sua posse, Miles rapidamente se vê despreparado para lidar com a depravação que o espera lá dentro.

Dentro dos muros do asilo, ele é perseguido por maníacos homicidas. Há Chris, um interno do tamanho de um lutador sob efeito de uma tonelada métrica de hormônio do crescimento. Grunhindo sadicamente que Miles é um "porquinho", ele o persegue pelo Monte Massive, cômodo por cômodo em um mar de paredes manchadas de sangue.

Os jogadores têm apenas um punhado escasso de opções para escapar desses perseguidores implacáveis, como se espremer sem fôlego em armários para se esconder ou usar a visão noturna de suas câmeras para procurar desesperadamente pelos rostos mutilados de seus perseguidores. Alguns estão sem narizes, e outros estão mais do que felizes em cortar os dedos dos jogadores sem aviso. Mas desaparecer no fundo grotesco dos arredores rançosos de Mount Massive não impedirá os inimigos de esfaquear os jogadores muitas e muitas vezes com o que quer que tenham em mãos. 

2. Fatal Frame III: The Tormented (2005)

Plataforma: PlayStation 2
Desenvolvedora: Koei Tecmo; Take-Two Interactive; Sony Interactive Entertainment

Em Fatal Frame III, os jogadores enfrentam fantasmas perturbadores usando apenas uma câmera, a “Camera Obscura”. A protagonista Rei está emocionalmente vulnerável após a morte de seu noivo, e o jogo equilibra sustos e uma narrativa introspectiva sobre a aceitação da morte.

Assim como Five Nights at Freddy’s , The Tormented joga muito com a antecipação e entrega de sustos eficazes, já que os espíritos dos sonhos aparecem instantaneamente a qualquer momento do lado escuro do subconsciente de seus protagonistas, trazendo à tona o trauma que todos eles vivenciaram após perderem entes queridos. Os jogadores controlam os vários personagens na terceira pessoa, mas a única maneira de lidar com os espíritos horríveis que os atacam é na perspectiva mais claustrofóbica, em primeira pessoa, do visor da câmera.

1. Amnesia: The Dark Descent (2010)

Plataformas: Linux, OS X, Windows; (Posteriormente portado para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch)
Desenvolvedora: Frictional Games

Amnesia: The Dark Descent é o padrão de excelência no gênero de horror. Lançado em 2010, o jogo devolveu ao terror a sensação de impotência. Os jogadores assumem o papel de Daniel, um protagonista frágil perseguido por sombras e alucinações em um castelo sombrio. Amnesia inaugurou uma nova era para jogos de terror, com sua mecânica de evitar monstros e permanecer na luz, moldando o gênero nos últimos anos.

Leia a matéria original da Rolling Stone US aqui.