Poesia Acústica: Som Brasil conta história do projeto nesta quinta-feira (21)

O Poesia Acústica é um fenômeno na música e nas redes sociais. O projeto marcado pela união entre o trap, o rap e o funk, representados por artistas diversos em melodia acústica, muitas vezes romântica, soma cerca de 4 bilhões de visualizações.

Lançado em 2017 pelo produtor musical Lucas Malak e o empresário Paulo Alvares, o movimento alcançou as rádios com canções longas, algumas com mais de 10 minutos de duração, indo na contramão das tendências do mercado.

Agora, o Poesia Acústica chega nas telinhas. Na próxima quinta-feira (21 de novembro), o projeto será tema de um especial Som Brasil, na TV Globo, com convidados e apresentações exclusivas.

Poesia Acústica no Som Brasil

Pedro Bial dirige a entrevista com Lucas Malak e Paulo Alvares. O programa ainda reúne um time de artistas que participaram do Poesia Acústica, como é o caso de Azzy, Delacruz, Lourena, MC Cabelinho, MC Hariel e Xamã.

O ‘Poesia’ é um projeto onde a gente reúne MCs em cima de um instrumental acústico, e subimos no canal da Pineapple”, explica Malak.

O projeto reúne diversos artistas de diferentes nichos, e trouxe a liberdade de a gente poder falar o que a gente quiser; de misturar os estilos que a gente quiser, embora seja muito funk, muito rap [...], as pessoas ainda tentam limitar os artistas sobre estilos, melodias no geral, então acredito que o ‘Poesia’ veio para quebrar isso”, acrescenta Azzy. 

Os artistas compartilham suas experiências no projeto. Eles revelam como as participações no Poesia Acústica foram importantes para suas carreiras, abrindo caminho para que eles pudessem alcançar novos públicos.

A primeira música que eu vi minha tocando nas lojas, no shopping, foi o ‘Poesia Acústica’. Antes, minha música não entrava nesses lugares”, lembra MC Hariel.

Enquanto Malak propõe a base acústica, os participantes de cada edição criam as letras. “Sempre tento achar um caminho que talvez já tenha dado certo, mas com uma nova linguagem musical. Então pego as referências que eu sempre tive, e tento extrair delas mais e mais, mas sempre num beat que esteja na moda”, revela. 

À Rolling Stone Brasil, o produtor falou sobre Xamã, que esteve no projeto e participou como ator da novela Renascer, da TV Globo.

Ele chegou lá em casa pela primeira vez para gravar o ‘Perfil’, que é outro projeto nosso do canal, aí lembro que ele estava procurando uns beats, e eu falei ‘você vai escrever sua rima agora ou vai levar pra casa?', e ele respondeu 'Tá maluco? Eu acordava 4h para varrer chão de loja, vender bala. Escrever música pra mim é mole'. Fiquei encantado. Ele escreveu ali mesmo. Ele rimava no trem, vendendo bala, amendoim, então pra ele é muito fácil fazer aquilo.”

Além da arte dos MCs, o grafitti é um dos elementos que faz parte da cultura hip-hop. 

Por isso, o especial traz, pela primeira vez no Som Brasil, duas grafiteiras fazendo dois murais ao vivo, enquanto rolam as entrevistas.

A carioca Landara Marcele, artista visual independente que atua na área da criança e adolescente há mais de sete anos, realizando atividades socioculturais em espaços públicos e privados de ensino, prezando pela pauta do direito e respeito às crianças e adolescentes; e Rafa Mon, mineira, que começou que carreira como estilista e, mais tarde, passou a se dedicar às artes plásticas, expondo suas obras pelos muros do Rio de Janeiro.

O Som Brasil especial com Poesia Acústica será exibido pela TV Globo na próxima quinta-feira, 21 de novembro, após Mania de Você.

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