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Crimes reais

'Se ele sair, volta a matar', alerta pesquisadora responsável por documentário sobre o Maníaco do Parque

'Espero que as revelações nos façam refletir sobre essa soltura iminente dele.'

Aline Carlin Cordaro (@linecarlin) Publicado em 22/10/2024, às 18h24

O documentário Maníaco do Parque: A História Não Contada, que será lançado no dia 1º de novembro de 2024 no Prime Video, mergulha nas investigações do caso Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, condenado em 1998 por assassinar 11 mulheres. A série apresenta uma análise profunda do caso e traz revelações inéditas, segundo a jornalista Thais Nunes, responsável pela pesquisa investigativa.

Francisco, que está preso há 26 anos, cumpre uma pena de 268 anos e poderá ser solto em 2028, já que a legislação brasileira prevê um máximo de 30 anos de pena em regime fechado. A pesquisadora, que escreveu e dirigiu o documentário, ressalta a preocupação com a possível liberação do criminoso, e afirmou que ele não demonstra arrependimento ou condições psicológicas para voltar ao convívio social.

“Ele não é um preso comum. É mau, é perverso e não vai parar,” disse Thais, em entrevista ao UOL publicada nesta segunda-feira, 21 de outubro de 2024.

Se ele sair, não tenho a menor dúvida de que volta a matar.

Entre os materiais inéditos incluídos no documentário, estão depoimentos de Francisco, onde ele admite que não tem condições de voltar à sociedade: ''Ele diz que não pode. Ele tem noção que não consegue controlar seus instintos, não tem empatia ou qualquer emoção''

A pesquisadora também revelou que Francisco estava à beira de evoluir para o canibalismo quando foi preso. Segundo ela, o criminoso chegou a admitir que "provavelmente iria evoluir para antropofagia, algo que já tinha começado."

Outro ponto destacado por Thais é a falta de acompanhamento psiquiátrico de Francisco durante os 30 anos em que esteve preso. “Ele não teve nenhum tratamento mental e isso é inaceitável” .

Preso em agosto de 1998, Francisco gerou o que Thais descreveu como uma "paranoia coletiva" ao ficar quase 30 dias foragido. Ela explicou que seu caso foi único no Brasil, sendo um dos mais midiáticos e lembrados pelos brasileiros. Ao longo de três anos de investigação, Thais e sua equipe estudaram os processos no Tribunal de Justiça e entrevistaram pessoas próximas às vítimas.

Esse crime gerou uma paranoia coletiva. Francisco ficou quase 30 dias foragido e acredito que foi a única vez que o Brasil se deparou com um assassino em série. Ele era midiático e seus crimes são os mais lembrados pelos brasileiros, de acordo com uma pesquisa que fizemos.

 

 

 

 

Maníaco do Parque

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