Lançadas nesta semana, as duas séries abordam, mesmo que de formas diferentes, o drama das famílias e das vítimas do incêndio na Boate Kiss
Redação Publicado em 27/01/2023, às 11h00
Por volta das 2h30 da manhã do dia 27 de janeiro de 2013, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira ascendeu um sinalizador no palco da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O que era para ser um show pirotécnico, contudo, tornou-se uma das mais lembradas tragédias do país, que hoje completa 10 anos.
O incêndio na Boate Kiss matou 242 jovens — sendo que outras 636 pessoas saíram feridas do local. Isso porque, enquanto a superlotação impedia que as vítimas saíssem do ambiente, as faíscas do sinalizador atingiram o teto da boate, incendiando a espuma de isolamento e intoxicando os presentes com fumaça de cianeto.
No total, quatro pessoas foram acusadas pelo incêndio, sendo eles os dois sócios da boate, o vocalista e o auxiliar da banda que tocava naquela noite. Todos, contudo, tiveram suas condenações anuladas em agosto de 2022. E é exatamente essa a história contada por duas produções lançadas recentemente no streaming.
Baseada no livro de mesmo título publicado por Daniela Arbex em 2018, a nova minissérie estreou na última quarta-feira, 25. No total, são cinco episódios que narram desde a tragédia ocorrida naquele dia em 2013, até as investigações e a jornada das famílias das vítimas na busca por justiça.
Com roteiro de Gustavo Lipsztein e direção de Júlia Rezende, a série é baseada nos acontecimentos reais que envolvem o incêndio. Dessa forma, se utiliza de atores e cenas, até certo ponto, fictícias para retratar a história real de alguns dos jovens que faleceram naquela noite e cujas famílias estiveram nos tribunais.
Protagonizada por atores como Paulo Gorgulho, Debora Lamm, Bianca Byington e Raquel Karro, todos intérpretes de pais que perderam seus filhos naquela noite, a minissérie tem tomado conta das redes sociais — principalmente por simular o drama das histórias reais ocorridas antes, durante e depois do incêndio. Veja o trailer:
Diferente da trama lançada pela Netflix, a produção do Globoplay é uma série documental que investiga o que aconteceu na Boate Kiss há 10 anos. Dessa forma, além de recriar o terror daquela noite, a trama ainda conta com imagens da cobertura real da época, entrevistas verdadeiras e um ponto de vista jornalístico do caso.
É importante pontuar que a nova docussérie foi produzida e apresentada pelo repórter Marcelo Canellas, que se formou jornalista na Universidade Federal de Santa Maria — mesma faculdade onde estudava uma grande parte das vítimas do incêndio. Diretamente ligado ao caso, Canellas cobriu a tragédia de perto e, 10 anos depois, revisitou a Boate Kiss e sua triste história para que ela não seja esquecida.
Dando bastante ênfase no processo judicial do caso, que segue imprevisível, a série documental foi lançada na última quinta-feira, 26. Em cinco capítulos de uma hora cada, a produção conta com depoimentos exclusivos de pessoas que estiveram na Boate Kiss naquele dia, além de imagens inéditas do incêndio. Confira o trailer:
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