1899: 'ás vezes as coisas não saem como planejado' diz criador sobre cancelamento da série pela Netflix

Netflix decide não renovar segunda temporada de 1899; série foi acusada de plágio em outubro

A série 1899 (2022) foi cancelada na primeira temporada pela Netflix. O anúncio foi feito por Baran Bo Odar, criador e diretor da produção, nas redes sociais (via Uol Splash).

Adoraríamos terminar essa jornada incrível com uma segunda ou terceira temporada, assim como fizemos com Dark. Mas às vezes as coisas não acontecem como planejamos. É a vida. Sabemos que isso desapontará milhões de fãs pelo mundo, mas queremos agradecê-los do fundo de nossos corações por fazerem parte dessa aventura. Amamos vocês. Nunca esqueceremos", diz o comunicado, assinado pela também criadora e roteirista Jantje Friese.

Acusação de plágio

1899, série da Netflix, sofreu acusações de plágio pela artista brasileira Mary Cagnin em outubro, mês de estreia da série. Conforme apontou em publicações no Twitter, produção da gigante do streaming carrega diversos elementos semelhantes a Black Silence, quadrinhos publicados em 2016.

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Segundo Mary, há semelhanças estéticas em vários episódios, e as produções só diferem quanto ao local escolhido. Enquanto a HQ acontece no espaço, 1899 se passa em um navio do século XIX.

"As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas," argumentou a cartunista, além de exibir fotos que comprovariam o suposto plágio.

Como resposta, os criadores da série Bo Odar e Jantje Friese, afirmaram não conhecer a obra de Cagnin e ainda acusaram a quadrinista de usar 1899 para vender seu graphic novel.

(...) uma artista brasileira alegou que roubamos de sua graphic novel. Para deixar claro: nós não fizemos isso! Até ontem nem sabíamos da existência dessa graphic novel. Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de 1899. Esta é uma ideia original e não baseada em nenhum material. No entanto, estamos sendo bombardeados com mensagens - algumas delas feias e ofensivas. Alguém dá um alarme false e todos vão em cima, sem ao menos checar se as afirmações fazem algum sentido. Claro que isso deveria ser um esquema para vender mais de suas histórias em quadrinhos: bem jogado”, escreveu Jantje Friese

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