Conheça as opções de turismo no município repleto de atrativos histórico-culturais
Redação EdiCase Publicado em 17/12/2022, às 16h00
Com menos de um milhão de habitantes em todo o estado, apenas 16 municípios e 33 anos de história, o Amapá pode parecer um destino de pouca expressão, porém surge como uma grata surpresa para os viajantes que buscam contato com a natureza e um mergulho na autêntica região Amazônica.
Sua capital, Macapá, é o ponto de partida para qualquer roteiro local e, além de abrigar o Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, que passou a receber voos diretos de Campinas no último mês de novembro, conta com importantes atrativos histórico-culturais que rendem um passeio cheio de curiosidades.
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A cidade também tem duas singularidades que chamam a atenção de seus visitantes: é a única capital a ser banhada pelo rio Amazonas, que forma uma orla de cinco quilômetros por ali, e tem a ímpar posição nos dois hemisférios, sendo cortada pela linha do Equador. Fundada em 4 de fevereiro de 1758, a capital do Amapá vem despontando como um dos destinos que mais cresceu em infraestrutura turística e, não só por isso, merece uma visita.
O clima na cidade é quente e úmido. As máximas estão entre 31°C e 33°C, mas, durante um dia, pode alcançar os 40°C. Entre agosto e outubro, acontecem as mais altas temperaturas do ano, por isso é bom planejar em qual temporada vale a visita. A seguir, apresentamos alguns dos principais atrativos locais que podem ser combinados em um roteiro de, pelo menos, quatro dias do destino.
Distrito do município de Santana, a cerca de 15 km da capital, acessível a partir de um passeio de barco, a ilha rodeada pelas águas do rio Amazonas funciona bem como uma primeira incursão pela imensidão verde característica da região.
Sua preservada floresta abriga a Trilha das Samaúmas, as famosas árvores sagradas amazônicas. Podendo chegar a até 50 metros de altura – o equivalente a um prédio de dezesseis andares –, com troncos de até três metros de diâmetro, as rainhas da floresta acumulam algumas centenas de anos e uma beleza exuberante.
Graças a toda essa altura, sua copa se projeta acima de todas as outras espécies e funciona como abrigo para diversos pássaros e insetos. Além disso, tem grande importância para o ecossistema local, pois suas raízes absorvem água das profundezas do solo amazônico, hidratando não apenas a si mesma, mas outras árvores dos entornos.
A ilha de Santana também abriga riachos e igarapés, como o famoso igarapé da Várzea, assim como locais para tomar banho de rio e, se tiver sorte, apreciar uma revoada de pássaros. Isso sem contar a experiência gastronomia local, que inclui almoço no Sítio Refúgio dos Pereira, com culinária influenciada pelos povos paraenses e pelos antigos moradores do povoado santanense – mestiços portugueses e indígenas da nação Tucuju –, com direito a peixe assado na hora, açaí com farinha e sucos com frutas da região, como taperebá e cupuaçu.
Não deixe de provar também o chopp geladinho para se refrescar do calorão! Para quem não sabe, o nosso geladinho paulista, ou sacolé carioca, tem esse nome por lá e pode ser encontrado nos sabores das frutas locais.
Conforme dito anteriormente, Macapá é a única capital brasileira cortada pela Linha do Equador, o que significa que, de um lado está no Hemisfério Sul, e do outro no Norte. Por ser algo inédito no país, o fato atrai a curiosidade dos visitantes, que podem conferir essa divisão – e fazer a famosa foto com um pé em cada lado do planeta – no Marco Zero da cidade.
Ali foi construído um monumento sobre a linha imaginária do Equador. E o lugar conta com um obelisco de aproximadamente 30 metros de altura com uma abertura circular no centro. Durante a época do equinócio, fenômeno que acontece somente nos meses de março e setembro, o sol incide bem no círculo, criando um espetáculo único. Nos arredores do Marco Zero, há também outros pontos de interesse que chamam a atenção pela excentricidade. É o caso do estádio de futebol, o Zerão, onde cada equipe joga em um hemisfério.
Para quem quer fazer um passeio por trilhas sem sair da cidade, a dica é visitar o BioParque. Com 107 hectares de área de floresta, o espaço reúne circuitos de mata nativa que abrigam uma rica diversidade de plantas e animais – são mais de 60 entre aves, onças, antas e tartarugas. E, além disso, oferece atividades como parede de escalada, trilha aérea, arvorismo, tirolesa, trilhas aquáticas, canoagem e passeio caboclo.
Considerada a maior fortaleza da América Latina, com 84 mil m² de área, essa é uma das principais edificações militares do Brasil – apesar de isso não refletir sua conservação nos dias de hoje. Sua construção, datada do século 18, demorou também 18 anos para ser finalizada. Situada na foz do rio Amazonas, a Fortaleza de São José do Macapá teve localização estratégica para a defensiva contra uma suposta invasão francesa – já que haviam tomado a Guiana.
O lugar é tombado pelo Iphan desde 1950 e se destaca por sua formação, que se assemelha a uma estrela, com cinco praças de guerra e muralhas de mais de oito metros. No passeio, é possível ver a estrutura de quatro baluartes, os canhões da época, os antigos armazéns, a capela, a casa de oficiais e do comandante, as casamatas, o paiol e o hospital, além dos elementos externos como revelim, redente, fosso seco e baterias baixas.
Focado em divulgar a cultura ribeirinha, o espaço de 20 mil metros quadrados conta a história de Raimundo dos Santos Souza, posteriormente conhecido como mestre Sacaca, o primeiro a pesquisar e utilizar a planta de mesmo nome com fins medicinais. Também retrata, por meio de exposições permanentes, o cotidiano, o passado e o presente, de indígenas, ribeirinhos e castanheiros.
Criado em 1970 e transformado em museu em 1999, o lugar conta com exposições de: arqueologia, biotecnologia, botânica, Centro de Estudos Aquáticos, Centro de Ordenamento Territorial, fitoterapia em plantas medicinais, geologia e hidrometeorologia.
Maior centro de artesanato amapaense, o espaço visa fomentar essa atividade em todo o estado e promover a geração de trabalho e renda para os artesãos locais. Ali estão expostos diversos tipos de artesanato regional, com obras em madeira, vime, argila, fibra vegetal, sementes, penas e outros elementos que são retirados da natureza sem impactar o meio ambiente.
Localizada a 18 quilômetros do centro de Macapá, a APA do Rio Curiaú é um atrativo que permite ao turista compreender melhor o turismo de base comunitária, ou seja, uma oferta de experiências que estão no cotidiano dos moradores, mas que é algo novo para quem a visita pela primeira vez. A comunidade é acessada por estradas e por via fluvial e abriga paisagens marcantes e é muito procurada pelas águas e a flora do rio. O sistema de drenagem é interligado, com lagos temporários e permanentes, influenciados por regimes pluviais e de marés.
Na estiagem, as áreas inundadas se contraem. No período chuvoso, elas se ampliam e formam um belo cenário natural ideal para passeio de canoa, visualizar pássaros e uma vegetação aquática de rara beleza cênica, além de conhecer o estilo de vida da população tradicional, o movimento da extração de madeira, do açaí e de látex da seringueira.
Há quem diga que a gastronomia do Norte do Brasil é a mais rica de todas. E, divergências à parte, há de se concordar que, em Macapá, come-se muito bem. Com forte influência da culinária paraense, que retrata bem o cotidiano dos nativos, incluindo os pescados nos rios da região e os frutos utilizados tanto no salgado quanto na sobremesa, a gastronomia da capital amapaense é rica em peixes, camarões de água doce e folhas exóticas – como o já famoso jambu, que deixa a boca dormente.
Entre os pratos mais tradicionais por lá, estão aqueles que levam o peixe filhote, muitas vezes recheado, pirarucu, que aparece principalmente em bolinhos de entrada, e camarão no bafo, considerado o prato local – e disponível em diversos restaurantes da cidade.
Tucupi e tacacá também têm vez por lá, assim como o açaí que já conquistou o Brasil inteiro, e lá pode ser encontrado desde acompanhamento de pratos salgados, como é consumido pelos moradores, até a nossa sobremesa conhecida, mas sem aquele gostinho de xarope das versões “estrangeiras”. Outro destaque é comer o abacaxi com limão na orla do rio Amazonas curtindo o fim de tarde. E, com o anoitecer, tomar uma gengibirra – bebida à base de gengibre, açúcar e cachaça – que já se tornou patrimônio cultural imaterial do estado!
Macapá não tem acesso terrestre vindo de outros estados, estando praticamente ilhada com entrada apenas por aéreo ou barco. Até novembro, os paulistas que desejassem ir à capital amapaense precisariam fazer escala em Belém, porém a Azul passou a oferecer voo direto entre Campinas e a cidade, em um roteiro de menos de quatro horas.
Texto originalmente publicado na revista Qual Viagem (Edição 96).
Por Elíria Buso
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