Bens foram divididos entre quatro pessoas que trabalhavam com ele, além de ex-esposa e amiga; ele era solteiro e seu único filho faleceu em 2014
Igor Miranda Publicado em 12/02/2023, às 20h00
Detalhes da partilha da herança de Jô Soares foram revelados pelo site Notícias da TV. O ator, apresentador e escritor faleceu no último dia 5 de agosto, aos 84 anos, em decorrência de insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica, e fibrilação arterial.
O testamento previu que 10% de seus bens fossem divididos entre quatro funcionários que trabalharam em sua casa durante anos. Dois homens receberam 3,6% e 1,6%, enquanto duas mulheres ficaram com 3,2% e 1,6%. A maior parte da herança ficou com sua ex-esposa, Flavia Pedras Soares — o equivalente a 80% do patrimônio. Uma amiga ficou com os 10% restantes.
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Segundo o Notícias da TV, o apartamento duplex do apresentador já estava desde 2017 no nome de Flavia, que também ficou com joias, relógios, obras de arte e instrumentos de estúdio. O imóvel localizado na avenida Higienópolis, região central de São Paulo, dispõe de ateliê, escritório, estúdio, esculturas, acervo de obras de arte, entre outros.
No testamento, Jô revelou que queria ser cremado e ter suas cinzas entregues à ex, com quem esteve casado entre 1987 e 1998. Ficará sob responsabilidade dela, também, definir uma instituição para a doação da biblioteca do antigo cônjuge, com mais de 5 mil livros.
Na época de seu falecimento, ele era solteiro. Não tinha herdeiros, pois seu único filho, Rafael Soares, morreu em 2014 após ter sido diagnosticado com câncer no cérebro.
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Jô Soares faleceu em 5 de agosto de 2022, aos 84 anos, após passar algumas semanas internado no Hospital Sírio-Libanês para tratar uma pneumonia. A informação foi confirmada por Flávia Pedras Soares através das redes sociais. Na ocasião, declarou:
“Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor.
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Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores.”
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José Eugênio Soares, o Jô Soares, nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. O interesse pelas artes veio da adolescência, período que passou na Suíça; já o humor surgiu de forma natural, embora ele tenha desenvolvido a veia de comediante na volta ao Rio, em meados da década de 1950.
Sua filmografia iniciou-se com participações em Rei do movimento (1954), De pernas pro ar (1956) e Pé na tábua (1957). O primeiro destaque vem como ator em O homem do Sputnik (1959). Na TV, estreou em 1958, quando passa a escrever para programas como TV Mistério, da TV Rio, com Tônia Carreiro e Paulo Autran, e Noites Cariocas, da TV Continental. Na década de 1960, muda-se para São Paulo para trabalhar na TV Record. Destacou-se com a série A família trapo, exibido entre 1967 e 1971 todos os domingos.
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Em 1970, vai para a TV Globo, onde se destaca por 17 anos com programas como Faça humor, não faça a guerra, Satiricon, O Planeta dos Homens e Viva o Gordo.
Na década de 1980, aventura-se como cronista para jornais como O Globo e Folha de S. Paulo. É nesta época que surgem os primeiros livros, que depois o tornariam best-seller, como O astronauta sem regime (1983), e o best seller O Xangô de Baker Street (1995), que chegou a ser adaptado para o cinema, em 2001. O homem que matou Getúlio Vargas (1998), Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005) e As esganadas (2011) fizeram semelhante sucesso.
Em 1987, vai para o SBT, onde ganha seu próprio programa, o Jô Soares Onze e Meia, que apresenta por 11 anos, até 2000, quando volta à Globo com o Programa do Jô, que apresentou até 2016.
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