Black Mirror não é sobre 'tecnologia ser ruim', diz criador

Uma das séries mais amadas dos últimos anos, Black Mirror ficou bastante conhecida por contar histórias com bastante foco em tecnologias avançadas e como elas poderiam afetar a humanidade. Porém, segundo o criador da produção, Charlie Brooker, o seriado fala sobre outro assunto.

Vale lembrar como a série da Netflix teve sexta temporada disponibilizada no catálogo do streaming na última quinta, 15. Durante entrevista ao GamesRadar+, Brooker comentou como o sexto ano de Black Mirror também conta com temas mais complexos, com gêneros variados como terror e humor - além de episódio sem nenhuma tecnologia na trama.

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"Definitivamente, foi uma decisão consciente mudar um pouco o que é o programa. Na Netflix, eles estão na ordem inversa da forma como foram escritos, porque 'Demônio 79,' que eu co-escrevi com Bisha K. Ali - que eu acho fantástico - nós escrevemos isso como um 'Red Mirror,'" afirmou. "Eu estava quase pensando: 'Ok, vamos imaginar que é uma peça companheira de Black Mirror.'"

Foi interessante redefinir as coisas dessa maneira. Foi um limpador de paladar e significa que você está abordando todos os outros episódios de uma perspectiva ligeiramente diferente.

Vale destacar como "Demon 79" não é o único capítulo da sexta temporada a se passar no passado. "Beyond the Sea," estrelado por Josh Hartnett, Kate Mara e Aaron Paul, se passa nos anos 1960, mas com aspecto retrofuturista.

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"Eu estava super ciente… Havia um pequeno perigo… em parte porque eu sempre pensei: 'Bem, o seriado não diz que a tecnologia é ruim, a série comenta como as pessoas estão fo***as,'" continuou Charlie Brooker. "Então, você sabe: 'Faça certo!'"

Claro, a tecnologia continua como um tópico bastante presente na série, visto que Black Mirror se traduz para "espelho preto," algo que faz referência ao reflexo que vemos quando as telas de telefones ou computadores estão desligados.

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Além disso, Brooker explicou como todas temporadas de Black Mirror contam com "muitos comentários e sátiras da mídia, e isso inevitavelmente terá algo a ver com sua imagem e a maneira como você é percebido."

Acho que partes da série [abordam] a dor de uma coisa da vida real se tornar uma espécie de documentário policial verdadeiro, como 'Loch Henry,' ou algo mais lúdico, como 'A Joan é péssima,' que é um pesadelo existencial, mas também é para fazer com identidade e controle e toda aquela cera de abelha.