Com muito drama e suspense, Clickbait entrega ao espectador uma história envolvente sobre o mau uso da internet
Camilla Millan Publicado em 20/09/2021, às 16h58
No universo online, muitos acontecimentos fogem do controle do usuário — e Clickbait tenta apresentar aos espectadores o lado obscuro da internet. Lançada na Netflix em 25 de agosto, a série acompanha um jogo online bizarro que começa quando Nick Brewer é sequestrado.
O personagem é um fisioterapeuta que, para surpresa de familiares e amigos, aparece em uma transmissão ao vivo preso em uma cadeira enquanto levanta cartazes com as seguintes frases: “Eu abuso de mulheres”, “Eu matei uma mulher” e “Com 5 milhões de visualizações eu morro”.
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Pela construção narrativa, Clickbait prende a atenção de quem assiste e tenta desvendar as diversas questões apresentadas na história. Afinal, quem sequestrou o personagem? Seria Brewer, um homem de família, um criminoso?
A produção original é um jogo de retalhos e labirintos investigativos em que o espectador também brinca de Detetive enquanto, sem perceber, cai em reviravoltas incríveis. Confira 4 motivos para assistir à Clickbait, série da Netflix:
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Para apresentar ao espectados os momentos anteriores (e posteriores) ao sequestro de Nick Brewer, a série foca cada um dos episódios em alguém envolvido na história: seja a irmã do personagem, Pia, a esposa Shopia ou o investigador do caso, Roshan Amir.
Com essa construção, a série consegue apresentar cada um dos personagens enquanto acompanha também o caso de sequestro de Nick Brewer. Assim, apresenta diferentes perspectivas da narrativa — e consegue abrir espaço para fazer grandes reviravoltas.
Representatividade é um fator indispensável em qualquer produção, e Clickbait mostra a importância de apresentar ao espectador a diversidade na orientação sexual, etnia e cultura de uma forma imprescindível: naturalmente.
Apesar de abordar alguns debates importantes, como o racismo, preconceito e abusos, a trama acompanha personagens diversos com leveza e naturalidade, sem os prender aos assuntos que se relacionam às suas respectivas identidades e orientações.
O muçulmano Roshan Amir, por exemplo, é um investigador do caso de Nick Brewer, e sua atuação na trama não se resume à sua origem, muito pelo contrário. O repórter Ben Park, oriental e LGBTQ+, também é apresentado enquanto um personagem amplo que extrapola a função de trazer representatividade à trama. Por isso, Clickbait é certeira na escolha do elenco.
Em um universo dominado pelo online, Clickbait vai ao extremo do comportamento humano para alertar para as problemáticas do mau uso da internet — seja com a prática de catfishing (pessoas que se passam por outras nas redes sociais) ou com a enorme proporção que os fatos ganham no ambiente virtual.
Ao abordar as consequências de práticas maldosas na internet, alerta os espectadores. Obviamente, são exemplos extremos, mas dão o recado.
Não há dúvidas que o elenco de Clickbait é um ponto forte na narrativa. As atuações dão força à série, que muitas vezes apresenta reviravoltas irreais e precisa dos personagens para dar veracidade aos acontecimentos.
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Zoe Kazam é a irmã Pia Brewer, Adrian Grenier é o fisioterapeuta sequestrado Nick Brewer, Betty Gabriel interpreta a esposa Shophie Brewer, Phoenix Raei é o investigador Roshan Amir, Abraham Lim é o repórter Ben Park e outros grandes nomes integram o elenco.
Confira o trailer da série da Netflix:
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