Uma série de relatórios revelou o uso de aplicativos como Grindr por padres da Igreja Católica nos Estados Unidos e no Vaticano
Redação Publicado em 30/08/2021, às 16h28
A Igreja Católica está preocupada com uma série de relatórios sobre o uso de aplicativos de encontro LGBT+ por padres nos Estados Unidos e no Vaticano, segundo informações do New York Times.
No mês de julho, o blog conservador The Pillar publicou três relatórios sobre condutas inapropriadas de integrantes da igreja, por exemplo, o uso do aplicativo Grindr na arquidiocese de Newark, Nova Jersey, e áreas restritas para turistas no Vaticano.
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As publicações foram baseadas em grandes quantidades de dados emitidos por aplicativos de smartphones, os quais foram coletados por dois períodos de 26 semanas em 2018, 2019 e 2020.
Para John Gehring, diretor do programa católico no grupo progressista Faith In Public Life, não há dúvida que o caso "é um incêndio de cinco alarmes para oficiais da igreja." Já o cardeal Joseph W. Tobin declarou em uma chamada de Zoom organizada pela Universidade Georgetown: “Se alguém que fez promessa de celibato ou voto de castidade tem um aplicativo de namoro no telefone, isso está chamando problemas.”
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Por outro lado, o padre Bob Bonnot apontou a vulnerabilidade de integrantes da igreja diante de tal exposição. “Isso pode deixar todos os padres desconfortáveis e preocupados.”
A origem dos dados é questionável. O Grindr é o único aplicativo identificado, porém, os relatórios também fazem referências a outros aplicativos. O monsenhor Jeffrey Burrill, que resignou da posição, foi a única pessoa identificada.
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Não é claro como o The Pillar consegiu os dados de celulares, como analisou as informações ou descobriu o perfil dos usuários.
Em um comunicado oficial, O Grindr afirmou que tentava descobrir como os dados foram coletados - em janeiro, a empresa foi multada por oferecer informações, como a localização de usuários, para empresas - mas o texto vago do blog dificultou o processo.
J.D. Flynn e Ed Condon, editores do The Pillar, não responderam nenhuma pergunta sobre o método de análise e recusaram fazer declarações para mídia. Contudo, os dois revelaram que foram motivados pelo desejo de expor uma cultura de transgressão dentro da igreja em um podcast.
Oficiais do Vaticano se encontraram com os representantes do blog, mas não se manifestaram publicamente.
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Flynn e Condon afirmaram que a arquidiocese de Newark foi a única identificada por causa do cardeal Theodore McCarrick, excomungado em 2019. Contudo, a escolha de uma cidade pequena levanta suspeitas sobre um ataque contra o papa Francisco, cujo aliado cardeal Tobin atua no local.
De qualquer forma, os oficiais da igreja foram instruídos a não falarem com jornalistas, apesar de alguns terem feito declarações em anonimato.
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