Leandro Lima contou como estudou o Rei do Rock para vivê-lo em 'Elvis: A Musical Revolution'; a morte do astro completa 47 anos nesta sexta-feira, 16
Heloísa Lisboa (@helocoptero) Publicado em 16/08/2024, às 12h26
Responsável por transformar a vida de Elvis Presley em um verdadeiro espetáculo, Elvis: A Musical Revolution chegou a São Paulo no dia 1º de agosto, no Teatro Santander — onde continuará a ser exibido até o dia 1º de dezembro.
A produção passou por cidades da Austrália e dos Estados Unidos e tem direção, versão e adaptação de Miguel Falabella, que é acompanhado por Jorge de Godoy na direção musical e Bárbara Guerra na direção coreográfica.
Leandro Lima e Daniel Haidar alternam o papel de Elvis em datas especificadas pelo site da Sympla, onde os ingressos para a peça estão sendo vendidos. Luiz Fernando Guimarães vive o Coronel Parker.
O ator, modelo e cantor Leandro Lima relembrou a carreira do chamado Rei do Rock, cuja morte completa 47 anos nesta sexta-feira, 16, em entrevista à Rolling Stone Brasil.
"Eu já tinha vontade de explorar esse lado musical", confessou Lima. "Não sabia muito bem por onde começar, porque eu sei que é muito complexo. E agora, mais do que nunca, eu sei. Mas quando soube que ia ter um musical do Elvis, com o Falabella... Eu já tinha uma região vocal parecida com a dele [Elvis], um biotipo que poderia funcionar."
"Então eu fui para a audição, fiz a audição como qualquer outro ator. E aí sim, passei nesse teste e fui convidado. E assim, acho que não podia estar em lugar melhor no mundo dos musicais, sendo dirigido pelo Miguel em um musical tão grandioso", continuou.
Se eu pudesse encontrar com Elvis vivo, eu diria: 'Você é um dos maiores talentos que eu já vi na vida. Você criou uma coisa única, mas você precisa olhar para fora um pouquinho. Você precisa dar um jeito de sair dessa gaiola de ouro e olhar o mundo lá fora. Essa é a única maneira que você tem de salvar a sua vida'.
Desde a adolescência, Lima foi comparado com Elvis Presley: "A minha primeira namorada — acho que eu tinha 17 anos —, ela era muito fã do Elvis, e eu lembro de assistir algumas coisas, alguns clipes, dela ter quadros do Elvis e dizer que eu parecia com ele".
"E eu já cantava, então ela dizia: 'Seu timbre parece com o do Elvis'. Mas claro que pode ser uma coisa de fã apaixonada pelo ídolo e apaixonada pelo namorado", contou. "Mas acho que essa é a memória que eu tenho mais próxima dele. E fora que eu sempre ouvi as músicas, a vida inteira."
A semelhança física e o alcance vocal de Lima ajudaram, mas não foram suficientes. "A preparação parte de uma pesquisa mais profunda. Tem muita coisa que a gente conhece do Elvis no inconsciente popular, porque ele é uma figura muito forte para todo mundo", ponderou o ator.
A pesquisa executada pelo intérprete de Elvis passou pelos "traços de personalidade" do artista: "Era a coisa que a gente mais queria retratar, esse Elvis humano, porque o Elvis Superstar é o que as pessoas mais conhecem".
Lima também visitou Graceland, mansão onde o astro viveu e faleceu, em Memphis, no Tennessee. Lá, ele pediu "iluminação" e "licença para fazer esse papel". O ator confessou que "a casa em si não acrescentou tanto" à sua preparação para a peça: "Graceland já virou Elvislândia. Não curti tanto". No entanto, houve momentos "catárticos" durante sua viagem:
Em Memphis, a cidade, eu estive em um estúdio, no Sun Studio, que continua idêntico ao que era nos anos 50, 60. Eu me emocionei bastante e senti uma energia criativa, uma energia de músicos maravilhosos que passaram ali, como o B.B. King, Elvis, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis... Então, lá no Sun Studio realmente foi catártico — e também o restaurante que ele frequentava sempre. Sentei na mesa dele — eu cheguei até a me arrepiar na hora que me sentei —, pedi o que ele sempre pedia, que era um sanduíche esquisitíssimo, pão, pasta de amendoim, banana e bacon. Não consigo te explicar o sabor, mas é bem peculiar. Isso também foi interessante.
Elvis: A Musical Revolution mudou a visão de Leandro sobre Elvis, assim como pode ter mudado a do público que assistiu ao espetáculo.
"Antes eu só via o Elvis como uma grande voz, um grande intérprete, um músico excepcional", disse Lima. "Mas agora eu tenho uma intimidade. Eu posso dizer que eu sou amigo dele hoje. É assim que eu me considero. Eu sei muita coisa da vida dele. Sobre a música dele, como nasceu, de onde vieram as referências. Então, mudou muito."
O ator ainda ofereceu seu ponto de vista sobre a recepção da plateia: "Uma pessoa muito próxima a mim estava observando, no dia da estreia VIP, o pessoal entrando, querendo saber qual era... Ela chegou a ouvir um comentário assim, 'Vamos ver qual é desse bonitão. Vamos ver se ele canta mesmo'. Mas, surpreendentemente, a gente só tem recebido ótimas críticas".
"Muita gente está saindo emocionada, principalmente os grandes fãs, que são os verdadeiros conhecedores do Elvis. Eles saem muito emocionados e felizes com o trabalho", acrescentou.
Lima também deu seu palpite sobre o que Elvis pensaria ao ver sua vida transformada em teatro:
Eu acho que só dá para saber o que o Elvis pensaria se ele estivesse vivo. Mas, sabendo da instabilidade emocional dele, podia ser que ele adorasse, se emocionasse, ou podia ser que ele ficasse p*to e proibisse a gente de fazer a peça. Ele era muito instável. [...] Então, não sei se ele ia gostar. Ou ele amaria, ou odiaria. Tudo é possível.
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