Autora de Harry Potter, J.K. Rowling criticou projeto de lei escocês que simplifica o reconhecimento de gênero de pessoas trans
Redação Publicado em 09/03/2022, às 12h55
Autora de Harry Potter, J.K. Rowling questionou novamente o direito de pessoas trans ao criticar um projeto de lei escocês que facilita o reconhecimento de gênero, dispensando relatórios médicos ou provas de uma transição. Nas redes sociais, a escritora entrou em conflito com Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, de acordo com informações da Aventuras na História.
“Vários grupos de mulheres apresentaram evidências de boa fonte ao governo de Nicola Sturgeon sobre as prováveis consequências negativas dessa legislação para mulheres e meninas, especialmente as mais vulneráveis. Tudo foi ignorado,” escreveu. “Se a legislação for aprovada e essas consequências ocorrerem como resultado, não podem fingir que não foram avisados.”
Multiple women’s groups have presented well-sourced evidence to @NicolaSturgeon’s government about the likely negative consequences of this legislation for women and girls, especially the most vulnerable. All has been ignored. If the legislation is passed 1/2
— J.K. Rowling (@jk_rowling) March 7, 2022
Essa não é a primeira vez que Rowling se pronuncia sobre diretos de pessoas trans. A publicação foi alvo de críticas nas redes sociais e um usuário chegou a questionar se a autora queria ver o legado morrer nesta “colina,” expressão em inglês que se refere a uma batalha.
Rowling respondeu: “Sim, querida. Vou ficar aqui nesta colina, defendendo o direito de mulheres e meninas falarem sobre si mesmas, seus corpos e suas vidas da maneira que bem entenderem. Você se preocupa com seu legado, eu me preocupo com o meu.”
Posteriormente, a primeira-ministra se pronunciou sobre os comentários em entrevista ao The World at One da BBC Radio 4. Ela discordou da escritora e afirmou que o projeto de lei “não dá mais direitos às pessoas trans, não dá às pessoas trans um único direito adicional que elas não têm agora. Nem tira das mulheres nenhum dos direitos atuais existentes que as mulheres têm sob a lei de igualdade.”
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