Estrelada por Margaret Qualley, Maid é a minissérie mais vista na história da Netflix
Felipe Grutter (com supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 21/10/2021, às 12h04
Além de Round 6, Netflix teve diversos outros sucessos em 2021. Um deles é Maid, minissérie estrelada por Margaret Qualley (Alex). Lançada em 1° de outubro, a produção se tornou a série limitada mais vista da plataforma, com cerca de 67 milhões de espectadores - superou O Gambito da Rainha, vista por 62 milhões de contas. The Guardian explicou o motivo por trás desse êxito.
Adaptação de Maid: Hard Work, Low Pay, and a Mother's Will to Survive (2019), livro de memórias best-seller escrito por Stephanie Land, acompanha a jovem mãe Alex (Margaret Qualley), enquanto luta para salvar a si mesma e a filha, Maddy (Rylea Nevaeh Whittet), de dois anos, de um ciclo esmagador de violência doméstica. Sem teto e sozinha, a protagonista passa por diversos perrengues.
Maid — the moving limited series starring Margaret Qualley, Andie MacDowell, and Anika Noni Rose that was inspired by Stephanie Land’s novel — is expected to reach 67 million households during its first four weeks on Netflix! pic.twitter.com/qJbMuRyTTU
— Netflix (@netflix) October 20, 2021
Como The Guardian explicou, a premissa parece cansativa para a personagem, mas a narrativa carinhosa de Maid deixa os espectadores intensamente imersos. Muito disso se deve ao desempenho surpreendente e cheio de nuances de Qualley como Alex, uma personagem que parece bastante real quando cai pelas fendas.
A relação entre Alex e a filha tem uma autenticidade surpreendente, igualada pela da protagonista com a mãe, Paula, interpretada por Andie MacDowell (mãe de Margaret Qualley na vida real). Na verdade, Maid se concentra não apenas em Alex e Maddy, mas nas pessoas imperfeitas, responsáveis por perpetuar e aumentar a miséria da personagem.
Paula é uma artista esquisita e de espírito livre, com a própria história de fugas de abusos, descrita como alguém com "transtorno bipolar não diagnosticado." Enquanto isso, o homem de quem Alex está desesperada em fugir, Sean (Nick Robinson), é um alcoólatra, quem mina as próprias feridas para infligir novas aos outros.
Segundo The Guardian, o público está acostumado a retratos de violência emocional na televisão ultimamente, desde a série I Am... até Coronation Street. Maid também aborda esse tema, e enfatiza como é difícil provar a existência desse tipo de abuso nos relacionamentos das pessoas.
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Mais tarde na trama, a salvação de Alex aparece na forma de Nate (Raymond Ablack), um cara legal que quer ajudar, mas acaba não cumprindo esse papel. O personagem oferece uma espécie de generosidade ligada às expectativas de direitos sexuais, o comportamento dele com a protagonista é quase tão maléfico quanto do ex dela.
Para o site, o isolamento de Alex e a total ausência de ajuda relembram o desespero de uma pandemia. Em um episódio, a personagem literalmente desaparece de vista, entre as almofadas de um sofá, e encontra-se no fundo de um poço escuro. A série também faz uso frequente de sequências de fantasia para submergir a audiência na experiência.
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